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Notícia da sua posse como prefeito em 1981. |
Político de renome, Elmiro Chiesse Coutinho nasceu em Barra Mansa em 27 de novembro de 1935.
Foi
vereador em nosso município por duas vezes nas legislaturas: 38ª: (1971 - 1973) e de 40ª (1977 - 1983). Em 1971 e em 1982 foi
presidente da Câmara Municipal.
Assumiu a prefeitura interinamente durante o final do segundo mandato do prefeito Marcello Drable.
Deputado estadual pelo PMDB na 4ª legislatura após a unificação dos Estados do Rio e Guanabara de 1987 a 1991; foi o relator geral da Constituição Estadual de 1989.
Em 1998 foi candidato à deputado estadual pelo PFL, teve 13.948 votos e não se elegeu.
Família:
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1988 - Ex-Pref Moacyr Chiesse, Dep. Elmiro Chiesse Coutinho e Pref. Luiz Amaral |
Filho do comerciante Argemiro de Paula Coutinho e de Dona Elvida Chiesse; neto do ex-vereador Major Nestor de Paula Coutinho e de Geovane Chiesse.
Casou-se com Dona Eni Sellani Chiesse Coutinho, e foram pais de Elmirinho, Simone, entre outros.
Seus irmãos: Nestor, Dirceu e Ruth também foram vereadores em Barra Mansa.
Suas sobrinhas: Sonia Coutinho, e Ruthinha Coutinho foram vereadoras de Barra Mansa.
Fui amigo da enfermeira Simone, que era minha eleitora, e deixou muitas saudades, ao deixar este mundo em 2017, quando trabalhava no posto de saúde do bairro Vila Independência.
Homenagens:
Nome de uma ponte de pedestres no bairro São Luiz, (Lei Municipal de 1981).
Foi agraciado com o título de Cidadão Benemérito do Estado do Rio de Janeiro em 1990.
1977 - 1983
1967 - 1971
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1968 - Marcello Drable e a Primeira-Dama Dona Dione Ignez
Chiesse Drable inauguram a escola municipal do bairro Cantagalo |
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Anúncio da
Internacional Caminhões
no Jornal Projeção |
Marcello Fonseca Drable (6 de dezembro de 1921
— Barra Mansa, 29 de outubro de 2003).
Era de Resende, lá estudou o curso ginasial.
Formou-se em piloto civil, e foi brevetado em 1942. Segundo sua filha "Ele tirou brevê pra ir pra guerra, mas não chegou a ir".
Foi um dos fundadores, junto aos seus irmãos do
Aero Clube de Resende.
Marcello Drable vendia caminhões, e veio morar em Barra Mansa aos 25 anos, onde montou a agência da
Internacional Caminhões -
Drable e Filho Ltda. Em terreno adquirido do futuro sogro.
Se casou com
Dona Dione Ignez Chiesse, filha do líder político Humberto Quinto Chiesse. Seu sogro o projetou na política, e a sua primeira eleição foi a terceira ganha em seguida para prefeito, por um membro da família Chiesse.
Vida Pública:
Foi diretor do "Departamento das Municipalidades", orgão do Governo do Estado do Rio de Janeiro, e em 21/Mar/1961, discursou em sessão da Câmara de Vereadores de Barra Mansa.
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1967 - Moacyr Chiesse passa o mandato
à Marcello Drable. |
Eleições de 1966: 1ª Candidatura a Prefeito:
Venceu ao Dr.
Francisco Villela de Andrade Netto - filho do ex-prefeito Sr. Francy - último interventor de Barra Mansa.
Governou Barra Mansa de 1967 - 1971, sucedeu ao primo de sua esposa - Moacyr Chiesse, e foi sucedido pelo prefeito Luiz Amaral, que fez um curto mandato de dois anos.
Seu vice-prefeito foi o Sr.
Olavo Marassi.
Eleições de 1972: (15/Nov/1972) - 2ª Candidatura a Prefeito:
Disputou a sucessão de Luiz Amaral, e perdeu para Féres Nader, ficou em segundo lugar, com 14.314 votos, seu candidato à vice era Paulo Marcelino Seixas.
Eleições de 1974: (15/Nov/1974)
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1968 - Radialista 'Tio Bené', Drable e seu
sogro Humberto Quinto Chiesse, na
inauguração da escola que leva o nome
de Humberto na Boa Sorte |
Foi eleito
deputado estadual pelo MDB 22.200 votos, porém abandonou o mandato, em 1976 ou 1977 para assumir pela segunda vez prefeitura de Barra Mansa.
Eleições de 1976: (15/Nov/1976) - 3ª Candidatura a Prefeito:
Venceu com 30.130 votos (filiado ao MDB) aos candidatos:
2º
João Baptista
de Barros da ARENA - Vice: Nelson Palomina Teixeira - 11.097 votos;
3º
Oscar Nora, radialista filiado a ARENA - Vice: José dos Santos - 4.701 votos; Nora foi apoiado por Féres Nader;
4º
Silvio Salles do MDB - Vice: José Geraldo Marques - 1.764 votos.
Dessa vez seu vice foi o Dr.
Sebastião José Ferreira
Duque. Seu mandato começou em 31/Jan/1977 e iria até 1983, porém no final Elmiro Chiesse Coutinho, presidente da Câmara Municipal, governou interinamente. Elmiro foi candidato à prefeito nas eleições de seguintes de 1982.
Eleições de 1988: (15/Nov/1988) - 4ª Candidatura a Prefeito:
Disputou pelo PL, com o jovem vereador
Ricardo Maciel de vice, tiveram 16.241 votos e ficaram em segundo lugar, vencidos por Dr. Ismael de Souza.
Eleições de 1992: (03/Out/1992) - 5ª Candidatura a Prefeito:
Concorreu pelo PDC, logrou 7.617 votos; e ficou em quinto lugar, sendo vencido por Luiz Amaral, que chegou ao seu terceiro mandato de prefeito.
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Pintura, na Galeria dos Prefeitos
do Palácio Barão de Guapy
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É considerado por muitos barramansenses como o melhor prefeito da história do município.
Residia no bairro Estamparia, onde muitos da família Chiesse moram, herança do patriarca Giovanni Chiesse - avô de Dona Dione.
Segundo Rodrigo Drable - neto de Marcello -, seu avô quando prefeito "
construiu 62 escolas, valorizou o funcionalismo público, investiu em infra-estrutura - o que permitiu o desenvolvimento da cidade nos anos seguintes".
O historiador Alan Carlos Rocha, afirmou: "
Ele nunca passou a prefeitura em débito para os seus sucessores."
(Jornal Diário do Vale).
Também fundou diversas firmas comerciais em Barra Mansa e Resende, e foi um dos fundadores do Lions Clube de Resende e de Barra Mansa.
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04/Abr/1970 - Marcello Drable, Comendador Geraldo Ozório, e Aluízio Campos Costa -
que alguns anos depois, foi Prefeito de VR.
Inaguração da escola que leva o nome do Comendador na Vila Coringa. |
Família:
Filho de Elias Drable e de Jahyra Fonseca Drable.
Seu pai imigrante, veio do Líbano, e sua mãe era do distrito barramansense de Amparo, vinda de uma família de muitos irmãos.
Marcello Drable, foi neto materno do
Major Antônio Ribeiro da Fonseca - que foi vereador em Barra Mansa por seis mandatos - nas legislaturas: 13ª (1877-1881), 17ª (1892-1895), 18ª (1895-1898), 19ª (1898-1901), 20ª (1901-1904) e 21ª (1904-1907).
Quando Dona Jahyra e Sr. Elias se casaram, foram morar no Distrito Sede de Resende, onde nasceu o filho Marcello - que mais tarde trouxe os pais para morarem em Barra Mansa, no apartamento onde mora na atualidade o Prefeito Rodrigo Drable.
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03/Out/1970 - Distrito de Falcão - Marcello Drable e Dona Dione Chiesse na inauguração da Praça Idalk Cândido de Paiva. |
Marcello e Dona Dione foram pais de três filhos:
Elias Drable Neto - médico gastroenterologista em Resende, já foi candidato a vereador em 2008 naquela cidade;
Alexandre Drable, engenheiro, faleceu jovem - dá nome a estrada (RJ 157) que liga o bairro Macuco a divisa de Barra Mansa com Bananal; e
Gláucia Drable Costa - professora, casada com Sérgio Costa que é filho do ex-prefeito de Volta Redonda, Aluízio Costa. Gláucia e Sérgio são pais: da Dra.
Patrícia, e do Dr.
Rodrigo - vereador de Barra Mansa por dois mandatos, e prefeito eleito em 2016.
Marcello ainda teve um filho natural - André Luiz.
Infelizmente não conheci Marcello, tinha 14 anos quando ele faleceu.
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Rodrigo Drable e o avô Marcello |
Sua viúva Dona Dione - que representa a elegância, simpatia, humildade, e bondade da mulher barramansense.
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Pintura, na Galeria dos Prefeitos do
Palácio Barão de Guapy
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Moacyr Arthur Chiesse (Barra Mansa, 22 de Abril de 1926
—, Barra Mansa, 27 de Junho de 2010).
Gostava de ser chamado de Professor Moacyr.
Juventude:
Estudou no extinto Grupo Escolar Fagundes Varella, depois no Colégio Verbo Divino. Em 1943 começou a trabalhar como aprendiz de mecânico na CSN. Prestou serviço militar no
Tiro de Guerra de Barra Mansa. Transferiu-se para o Instituto Lafayette no Rio de Janeiro, trabalhou como auxiliar de disciplina e inspetor de alunos, mantendo assim os seus estudos.
Em 1950 conheceu a professora e pedagoga
Alzira Raggio da Silva; em 1951 bacharelou-se em Química; em 8 de Janeiro de 1955 casou-se com Alzira.
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1962 - Passeata na Av. Joaquim Leite pela vitória nas eleições de Moacyr Chiesse. a prefeito. |
Tem uma larga carreira de professor, lecionou e foi diretor em diversas escolas da região, em Barra Mansa, Volta Redonda, Quatis, Valença e Piraí. Foi presidente e secretário do Mobral - Movimento Brasileiro de Alfabetização de Barra Mansa e Volta Redonda.
Eleições de 1962:
Especulou-se antes, que Leonísio Sócrates Baptista, seria candidato novamente a prefeito, porém isso não ocorreu.
No pleito de 7 de outubro, filiado ao PTN, foi eleito prefeito com 7.833 votos, venceu a: Vereador
Oswaldo Porto de Floriano - 4.370 votos,
Marino de Lima
Rocha - 3.523 votos,
Antônio Alves Amorim - 1.205 votos,
Léo - 325 votos.
N'estas eleições, o cargos de vice eram disputados em separado, e foi eleito o Dr.
Adaucto Frizas.
Governo:
Governou de 1º de fevereiro de 1963 a 31 de janeiro de 1967, sucedeu ao seu tio João Chiesse Filho, e foi sucedido pelo marido de sua prima - Marcello Drable.
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Solenidade pelo Aniversário de Barra Mansa em frente a Igreja Matriz, a esquerda Padre Alcino Camatta. |
Em sua gestão à frente da prefeitura, realizou diversas obras e benfeitorias marcantes no município, entre essas: A construção da elegante Praça das Nações Unidas no Ano Bom; da antiga Praça da Liberdade no Centro, da Praça Cecília Chiesse em Falcão; da Avenida Argemiro de Paula Coutinho, a beira-rio - um aterro, que liga a cabeceira da Ponte dos Arcos à foz do Rio Barra Mansa -; inaugurou serviço de água a vários bairros, incluso Ano Bom e Cotiara; levou iluminação à diversos bairros da cidade, calçou diversas ruas que antes eram de terra, incluso no distrito de Falcão.
Após a prefeitura:
Foi também
Deputado Federal de 1970 à 1974.
Foi
secretário de educação e cultura nas gestões de Elmiro Coutinho, Marcello Drable e Luiz Amaral.
Na vida partidária, foi um dos fundadores do PTN e da ARENA - a qual também presidiu -, de Barra Mansa.
Em 1992 foi
candidato novamente a prefeito, tendo de vice o jovem radialista
Sebastião Alves, da Rádio do Comércio, e ficou em terceiro lugar, atrás de José Valente e Luiz Amaral - que venceu pela terceira vez.
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1965 - Caça à onça - Pref. Moacyr Chiesse e Com. Geraldo Ozório |
Já em 1996
candidatou-se a vice, na chapa do ex-Pref. Dr. Ismael de Souza, e perderam para Inês Pandeló.
Fez parte das agremiações: Lions Clube, Rotary Clube, Barra Mansa Futebol Clube, Grêmio Barramansense de Letras, e Academia Barramansense de História, a qual ocupava a cadeira nº 14.
Conheci Moacyr Chiesse e conversei com ele algumas vezes, me recordo de um evento da candidatura de José Renato em 2008, no Palácio Barão de Guapy, a qual, ele foi convidado por Roosevelt Brasil a tomar lugar de destaque, creio que fazia parte do PMDB à época.
Família:
Filho do Vereador
Arthur Chiesse (suplente, assumiu o mandato apenas durante julho de 1958 na 34ª Leg.) e de Dona Iracema Pamplona Chiesse, neto paterno de Giovanni Chiesse e Cecília Parussolo Chiesse.
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Dezembro de 2009 - Moacyr Chiesse e Dona
Alzira Chiesse, na inauguração da nova Escola
Iracema Pamplona Chiesse no Ano Bom. |
Teve quatro filhos: (Terezinha, Rita, Iracema e Marco - o popular Marquinho Chiesse) -, sete netos: (Rafael, Gabriela, Hugo, Maitê, Laiz, Tatiana e Carolina), e sete bisnetos: (Maria Clara, Maria Luiza, Amanda, Arthur, Felipe, Maria Tereza e Malu), os três últimos não chegou a conhecer.
Marquinho Chiesse, enveredou pela política, e foi candidato à vereador em 2000, teve 918 votos e ficou na suplência. Durante os governos dos prefeitos Roosevelt, e Zé Renato, esteve à frente de altos cargos, incluso a Secretaria de Meio Ambiente, foi assessor do vereador Paulo Chuchu, durante a 48ª Legislatura, e na atualidade é Sub-Prefeito da Região Leste de Barra Mansa.
Homenagens:
Nome da escola municipal no bairro Macuco; de uma das ruas do bairro Santa Maria I; e de uma praça no bairro Boa Sorte.
Fontes:
http://www.avozdacidade.com/ipad/page/artigos_interna.asp?cod=3344&categoria=9
http://www.diariodovale.com.br/noticias/0,23761,Morre-o-ex-prefeito-de-BM-Moacyr-Chiesse.html#mais
Jornais Memória Barramansense
Jornal Projeção.
JOSÉ FONTES TORRES
1962 - Interino
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Pintura, na Galeria dos Prefeitos do Palácio Barão de Guapy |
José Fontes Torres em 1947 candidatou-se à prefeito de Barra Mansa, e ficou em terceiro lugar, foi vencido por Flávio Miranda Gonçalves.
Na segunda gestão do Prefeito João Chiesse Filho - de 1959 a 1963 -, foi
vice-prefeito de Barra Mansa.
Por volta de abril, ou maio de 1962 assumiu interinamente a prefeitura, em função da licença do titular - Prefeito João Chiesse Filho.
JOÃO CHIESSE FILHO
1959 - 1963
1951 - 1955
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João Chiesse Filho, esposa Dona Zulma, e
filhos do casal. Acervo - Jane Chiesse Zandonadi |
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1959 - Visita da taça Jules Rimet à Barra Mansa. O Prefeito João Chiesse Filho, segura a taça conquistada pelo Brasil na Copa do Mundo -, com a Primeira Dama Dona Zulma Moreira Chiesse |
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O jovem João Chiesse Filho Acervo - Jane Chiesse. |
João Chiesse Filho (Bananal-SP, 18 de julho de 1910
— Estamparia, Barra Mansa, 24 de setembro de 1986).
Primeiro da família Chiesse a governar o município. Veio criança com sua família para Barra Mansa em 1914, no início da I Guerra Mundial.
Seu pai italiano, tinha a intenção de viajar de volta à Itália.
Juventude:
João, aprendeu a ler no
Grupo Escolar Fagundes Varella - que funcionava na Praça Ponce de Leon, onde hoje é o Banco Itaú.
Seu pai faleceu, quando João tinha 13 ou 14 anos, e então ele foi trabalhar. Tinha aptidão para o desenho, e arrumou emprego na
Estamparia - onde é hoje a
Light, no bairro de mesmo nome -, como desenhista, e ficou trabalhando lá por uns 10 anos.
Depois, exerceu, amadoramente, a função de
'arquiteto', e desenhou diversas plantas de construções em Barra Mansa.
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30 de abril de 1941 - Aniversário da Sra. Cecília Chiesse. |
Era amigo de Cristóvão Leal, Elias e Samuel Bondarowsky, e segundo João, ele era o líder da rapaziada, e organizava bailes, e frequentava outros nos distritos de Barra Mansa.
Conheceu a jovem
Zulma - com quem posteriormente se casou -, em uma noite, quando passava perto do Hotel Careca, onde o pai d'ela morava, e ficou a apreciar debruçado na janela, ela tocar piano, e o seu pai - violino, e quando a música terminou, João aplaudiu. Em seguida na conversa com o futuro sogro, João elogiou a música; e o pai de Zulma disse-lhe que estava na cidade há pouco tempo e não conhecia ninguém; João o convidou para um baile que estava a organizar no antigo
Cassino Barra Mansa, e pediu para levar a filha d'ele. Desse baile em diante começou o namoro de quatro anos.
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30 de abril de 1941 - Aniversário
da Sra. Cecília Chiesse. |
Depois, João foi convidado a trabalhar como desenhista em uma estamparia de São João d'El Rey-MG, e apesar de ganhar bem lá, após, por volta de um ano, voltou à Barra Mansa, mas nesse meio termo o seu sogro foi também, transferido para lá, João e Zulma já estavam noivos, e ele voltou a São João d'El Rey-MG para se casar.
A boda realizou-se em 18 de julho de 1939.
Ingresso na Política, os primeiros anos:
Foi convidado a candidatar-se pelos senhores: Alvaro Guedes, Léo Dias e Omar Villela, ingressou no PTB.
Em 1947 disputou as eleições à prefeito contra Flávio Miranda Gonçalves - candidato da
Coligação Democrática, e ficou em segundo lugar, conquistando 2.957 votos, contra 3.250 de Flávio.
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Acervo - Jane Chiesse Zandonade |
Nas eleição seguinte em 1950, foi eleito prefeito, venceu a:
Sávio Cotta de Almeida
Gama, e Dr.
Leoncio Silvado.
Primeiro Mandato de Prefeito:
Governou de 31 de janeiro de 1951 a 1955, sucedeu a Flávio Miranda Gonçalves. Não havia o cargo de vice-prefeito.
Quando assumiu pela primeira vez à Prefeitura em 1951, infelizmente os distúrbios e a politicagem já haviam se instalado no oitavo distrito barramansense - Volta Redonda, e no ano seguinte, lá foi criado o
Centro Cívico Pró Emancipação.
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1951 - Pref. João Chiesse Filho de óculos escuros, recebe o Pres. Getúlio Vargas e João Go- ulart em Volta Redonda, distrito barramansense. |
Merece destaque a integridade de João Chiesse à frente da administração municipal, que realizou diversas obras em Volta Redonda, mesmo assim, vereadores de Barra Mansa que moravam em Volta Redonda, fazendeiros e homens de negócios daquela povoação - que muito cresceu com a fundação da CSN em 09/Abr/1941, e sua inauguração em 1947 -, persistiram no intento de espoliar nossa bem amada Barra Mansa, com a segregação do nosso oitavo distrito.
As fotografias do período, comprovam: na sua administração foram pavimentadas com paralelepípedos às avenidas Paulo de Frontin no Aterrado, e Amaral Peixoto, próximo ao bairro São João, e a praça Aprígio Cravo no bairro Niterói.
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1952 - Inauguração do Posto Monte Cristo: João Chiesse, sua esposa Zulma (abastecendo o carro). |
João Chiesse Filho foi também grande benfeitor da Associação Atlética Comercial, tendo doado o terreno a agremiação, onde hoje esta instalado o Clube, no lugar seria instalado um cemitério, João Chiesse impediu isto.
Também fez doação de 6 mil m² para a construção da União Hospitalar Gratuita, a UHG - atual Hospital São João Baptista; e tem a sua mão, a aquisição do terreno, onde hoje está instalada o Palácio 17 de Julho - Paço Municipal de Volta Redonda.
O primeiro prefeito de Volta Redonda, foi o emancipador - Sávio Cotta de Almeida Gama, ao qual foi vencido por João Chiesse na eleição de prefeito de Barra Mansa, do ano de 1950.
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31/Mai/1952 - Colocação do 1º Paralelepípedo na
Av. Amaral Peixoto em Volta Redonda. |
João foi sucedido na prefeitura por Leonísio Sócrates Baptista em 1955.
Eleições de 1954:
No ano da fatídica emancipação de Volta Redonda, concorreu nas eleições gerais, ao cargo de deputado estadual, do antigo Estado do Rio de Janeiro, ficou na suplência, e parece que chegou à assumir o cargo.
Eleições de 1958:
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31/Mai/1952 - Colocação do 1º Paralelepípedo na
Av. Amaral Peixoto em Volta Redonda
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Estava em viagem de passeio à Europa, acompanhado de Dona Zulma, e de alguns amigos de Barra Mansa, e recebeu uma carta, que o informou que em Barra Mansa, haviam feito uma reunião, e que o colocaram como candidato, na sucessão de Leonísio. Ele chegou ao Rio de Janeiro em 16 de julho, e foi barrado, pois a chegada dele à Barra Mansa estava marcada para o dia seguinte, João então, dormiu no Rio de Janeiro, e de volta a Barra Mansa no dia 17, foi recebido com festa, em praça pública, com grande manifestação, em uma espécie de comício.
No pleito de 03/Out/1958, foi eleito com 6.983 votos, venceu aos concorrentes:
2º - Antonio Alves Amorim - 3.448 votos;
3º - Dirceu Chiesse Coutinho - 2.315 votos;
4º - Natanael Alves de Medeiros - 775 votos;
Votos em branco - 1658 votos; votos nulos - 129 votos.
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1954 - Inauguração do calçamento da Av. Amaral
Peixoto VR - Wilson de Paiva, A. Peixoto, Rob.
Silveira, João Chiesse e Dirceu Coutinho.
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Segundo Mandato de Prefeito:
Em seu segundo mandato de 1959 a 1963, sucedeu Leonísio Sócrates Baptista. Seu vice-prefeito foi o Dr.
José Fontes Torres.
Em 1960: Fevereiro: prosseguiu a abertura de trecho da Av. Dário Aragão - da Rua Cícero Cunha, em direção ao Centro da cidade.
Promoveu as comemorações em Barra Mansa, pela transferência da capital federal para Brasília.
Em 8 de maio, o candidato a presidente do Brasil - Jânio Quadros, em passagem por Barra Mansa, visita a casa do Prefeito João Chiesse.
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João Chiesse Filho na solenidade de colocação do primeiro paralelepípedo da Av. Paulo de Frontin em Volta Redonda, que ainda pertencia a Barra Mansa. |
Realizou o calçamento da Praça das Nações, prosseguiu as obras rumo a abertura da Av. Presidente Kennedy, ligando Barra Mansa à Volta Redonda, pela margem norte do Rio Paraíba do Sul; realizou a substituição do encanamento de abastecimento d'água da Rua Eduardo Junqueira; realizou o manilhamento, rede de esgoto, do novo bairro - Vila Independência; realizou a construção do
Grupo Escolar Dona Ismélia Saad Silveira na Cotiara; calçamento da Rua Luiz Ponce; da abertura da Rua Eduardo Rangel, ligando os bairros Verbo Divino e Cotiara; e a construção da Avenida Presidente Vargas -
Beira Rio no Centro da cidade.
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07/Mai/1960 - Inauguração da Confeitaria Polar João Chiesse, Dona Zulma, e Pedro Monteiro Chaves. |
Em 1962 demoliu a antiga cadeia, que ficava na Av. Joaquim Leite, com a transferência da Delegacia de Polícia. Em seu lugar foi construída a Praça da Liberdade - na gestão de seu sobrinho Moacyr. Mais tarde em 2004 a praça foi totalmente reformada por Roosevelt Brasil.
João foi sucedido pelo seu sobrinho Moacyr Chiesse em 1963.
Ainda em 1962, no jornal Projeção, após as eleições, foi anunciado que João Chiesse queria voltar a prefeitura, e disputar as eleições de 1966, a sucessão de seu sobrinho Moacyr Chiesse, para um terceiro mandato.
Eleições de 1972:
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Pintura, na Galeria dos Prefeitos do
Palácio Barão de Guapy |
Disputou as eleições de vereador, pelo ARENA, conquistou 312 votos, sendo eleito o 16º suplente, atrás de Daniel do Couto Maia Neto (357), Jeova dos Santos (366), Tertuliano Feitosa (391), Luiz José Soares Alves (400), Paulo José de Paiva (411), Fausto Ozorio da Fonseca (417), Juarez Modesto (453), Olavo Marinho (468), Domingos Cartolano Addeo (516), Otenilio Machado (522), os cinco primeiros suplentes (Benedito Roberto Batista - 579, Antonio de Paula Pacheco - 581, Antonio Marques - 682, Alderando Casalli Marques - 709, e Paulo Jose da Rocha - 713 votos) chegaram a assumir, e a ARENA ainda fez 10 vereadores.
Neste mesmo pleito concorreu com seu irmão - Humberto Quinto Chiesse, que pelo MDB teve 487 votos, e ficou na 3ª suplencia.
Para prefeito, Marcello Drable, casado com sua sobrinha Dione - filha de Humberto -, que tentava seu segundo mandato, perdeu a Feres Nader, seu outro sobrinho - Elmiro Chiesse Coutinho, ficou em 3º lugar.
Últimos anos:
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Castelo construído por João Chiesse na Estamparia. |
Em 1970, finalmente realiza o seu sonho, e se muda para o castelo que construiu no bairro Estamparia, cuja construção iniciou-se em 1945. A obra estava começando, quando ele foi eleito pela primeira vez, e só foi reiniciada após a 'segunda campanha'. Em 1979, ainda não estava totalmente pronta.
Faleceu em sua casa, com 76 anos de idade, as cerimonias de seu passamento, contaram com um grande cortejo, e seu corpo foi conduzido por carro especial do corpo de bombeiros, e passou por algumas ruas do Centro, e foi inumado ao som do hino à Barra Mansa, tocado em uma fita, de uma viatura da prefeitura. Sua sobrinha, a professora Maria de Lourdes Chiesse, discursou, e fez um relato biográfico.
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João Chiesse Filho em discurso. |
Família:
Filho de
Giovanni Batistta Chies e Dona
Cecília Parussolo.
Seu pai - filho de Domenico Chies e Angela d'Alloto -, nasceu em
San Pietro di Felleto na Itália em 14/Ago/1862; imigrou para o
Chile, com a primeira esposa - Luzia ou Lucia Falquine, trazendo também uma filha - Palmira, e no Chile nasceu o filho Arthur.
Giovanni Chies, logo depois em 1891 ou 1892 chegou ao Brasil, primeiro a
São Paulo, depois ao
Rio de Janeiro, onde Arthur faleceu com 11 meses de idade.
Sua primeira esposa faleceu.
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Abdo Felipe na inauguração da rua que leva seu nome -. ao lado do Pref. João Chiesse Filh |
Depois Giovanni foi habitar em
Bananal - SP, trazendo a filha Palmira, lá se casou novamente em 01/Out/1892 com Cecília Parussolo - que também nasceu na região do Vêneto na Itália. Foram proprietários da Fazenda
Bom Retiro e tiveram os filhos: Arthur (o segundo), Elvida, Albo, Humberto, Augusta, Luzia e João.
Palmira casou-se e foi morar em São Paulo, teve dois filhos.
Conta-se que por motivos ligados a disputas territoriais em Bananal, o velho Chiesse, mudou-se a
Barra Mansa, em 1914, morou na Rua São Sebastião, depois na Rua José Cardoso Guimarães Cotia, e depois comprou a chácara do Senhor Marturano, e foi dono de boa parte da Estamparia, que foi loteada para os seus muitos descendentes. Em Barra Mansa nasceram mais dois filhos: Antônio e José Luiz.
Geovanni tornou-se proprietário de um armazém na Praça Ponce de Leon, onde vendia diversas coisas, entre estas a famosa manteiga "
da Fazenda Suissa Brazileira". Faleceu em 1924.
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Desenho da década de 1960
- Jornal Projeção. |
O nome Chiesse é genuíno de Bananal e Barra Mansa, pois originou-se de um erro do escrivão do cartório - o original era 'Chies' -, a família Chiesse é uma das mais relevantes e creio eu a mais numerosa de nosso município, desde a sua vinda à Barra Mansa se destacaram nos negócios, na política, no ensino, nas artes, advocacia etc.
Dos filhos de Giovanni: Arthur, Elvida, Albo, Humberto e João são nomes de ruas, e escolas.
Dona Elvida Chiesse casou-se com Argemiro de Paula Coutinho e tiveram 12 filhos: entre eles: Ruth (1ª vereadora de Barra Mansa, mãe da Ruthinha), Elmiro, Dirceu e Nestor, que também foram vereadores.
'João', é a tradução em português de
Giovanni, por isso chamou-se - João Chiesse Filho, o filho de Giovanni Chiesse.
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1962 - Demolição da Cadeia Pública de Barra Mansa, que deu lugar a Praça da Liberdade |
Casou-se com a professora Dona
Zulma Moreira Chiesse, e tiveram três filhos: a professora e artista Jane Chiesse Zandonade, o economista e fotografo Jesse Chiesse, e o advogado João Chiesse Neto - falecido antes de seu pai.
Conheço Jesse Chiesse, filho de João Chiesse. E desde a infância convivo com muitos membros da numerosa família Chiesse, que habita em Barra Mansa desde 1914.
Homenagens:
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Geovanni Chiesse e Cecília Parussolo |
Ganharam o nome de João Chiesse Filho: A avenida continuação da Av. José Marcellino de Camargo - entre o viaduto da prefeitura e a 90ª DP - no bairro Jardim Boa Vista. E uma rua no bairro São Benedito em Quatis.
Fontes: Ruthinha Coutinho, Marco Antônio Chiesse Coutinho e sua filha Dra. Chistiane Chiesse.
Jornais Projeção de Juarez Modesto, em especial, entrevista de João Chiesse Filho a este jornalista em 1979, e publicada na edição de 20 de junho de 1984.
LEONÍSIO SÓCRATES BAPTISTA
1955 - 1959
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03/Out/1956 - 124º Aniversário de Barra Mansa - Prefeito Leonísio (de óculos escuros), e ex-prefeito Isimbardo Peixoto (de terno branco), visitam as obras da Ponte dos Arcos |
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Pintura, na Galeria dos Prefeitos
do Palácio Barão de Guapy
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Nasceu em 7 de Novembro de 1919, na Tijuca, Rio de Janeiro.
Com um ano foi morar em São Paulo, depois voltou para o Rio de Janeiro, e morou na Vila Militar.
Em 1947, depois de se formar engenheiro civil, veio para Barra Mansa, em março do mesmo ano, para chefiar a 5ª Residência do Departamento de Estradas e Rodagens, cargo que ocupou até 1955. Neste ano foi eleito prefeito do nosso município, vencendo na disputa, ao Dr. José Maria de Melo Costa da Aliança Liberal.
Governo:
Sucedeu a João Chiesse Filho, e foi o primeiro prefeito eleito após a fatídica emancipação de Volta Redonda.
Seu vice-prefeito foi o Dr.
Luís Gonzaga Balbi, o primeiro da história da cidade.
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15/Out/1957 - Comemoração do centenário de elevação de Barra Mansa de vila à cidade. |
Logo no início de seu mandato, uma grande arbitrariedade ocorreu, por força de uma lei estadual de 5 de Abril de 1955, a divisa entre o município de Barra Mansa, e o novo município de Volta Redonda foi alterada na margem sul do Rio Paraíba: Do Córrego Brandão para o Córrego Ponte Alta, e com isto foi feito um
recorte na Usina Presidente Vargas da CSN. Volta Redonda anexou além da CSN, os bairros ao redor: Ponte Alta, Conforto, Bela Vista, Rústico, Eucaliptal, Jardim Brasil, São Lucas, Vila Santa Cecília, e parte dos bairros: Sessenta, Minerlândia, e Santa Inês.
A prefeitura e a câmara de Barra Mansa, recorreram na justiça;
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15/Out/1957 - Prefeito Leonísio em um banquete. |
Inaugurou em 03/Out/1956, o trânsito na famosa Rua Dr. Mário Ramos, aberta onde era a antiga chácara do homenageado, que faleceu em 1951.
A famosa Ponte dos Arcos, uma antiga luta do deputado Ataulpho Pinto dos Reis, foi construída e inaugurada em 1º de Maio de 1958, durante a gestão de Leonísio.
A construção foi paga pelo Estado, que tinha como governador Miguel Couto.
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Visita de Juscelino Kubitschek à Barra Mansa: Alguns na foto são: Humberto Quinto Chiesse, Álvaro Millen, Ataulpho Pinto dos Reis, Pref. Leonísio e Juscelino. |
Também deu início em 1955 a construção de uma ponte entre Saudade, e Vila Nova, porém logo após a colocação do madeiramento para escora das colunas, houve uma grande enchente no Rio Paraíba do Sul, levou as madeiras da ponte. Que só foi construída mais tarde no governo Féres Nader.
Após a prefeitura:
Foi sucedido em 1959 por João Chiesse Filho; nesse ano
foi eleito deputado estadual, depois foi reeleito em 1962 e novamente em 1966.
Também foi presidente da Companhia de Águas e Engenharia Sanitária do Estado em 1962, quando licenciou-se do cargo de deputado.
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1960 - Jânio Quadros em comício na Praça Ponce de Leon com Pedro Monteiro Chaves e o dep. Leonísio Sócratres Baptista |
Foi cotado para disputar novamente às eleições à prefeito de Barra Mansa, em 1962, porém acabou por ser candidato à reeleição de deputado estadual, logrou êxito.
Em 1971, afastou-se da vida pública. Retornou à profissão de engenheiro.
Família:
Casou-se em Julho de 1947 com Dona Aldahir Cerqueira Caldas Baptista e tiveram dois filhos: Jorge Carlos, nascido em Barra Mansa e Tília Maria, nascida no Rio de Janeiro;
Tília é pedagoga, e casou-se com o renomado médico otorrinolaringologista Dr. Jair de Carvalho e Castro - que possui uma clínica em Ipanema -, são pais de Raphael - advogado, e Pedro - estudante de medicina.
Homenagens:
Foi agraciado pela Câmara de Barra Mansa com o título de Cidadão Barramansense, e em 1987 com a
Medalha do Mérito Barão de Ayuruoca (comenda maior do município).
Levam seu nome: Avenida do bairro Boa Sorte, e a escola municipal do bairro Roberto Silveira.
Fontes: Relatos de seu filho - Jorge Carlos Baptista.
Livro dos Patronos das Escolas Municipais de Barra Mansa.
Ponte dos Arcos - fonte: Jornal Memória Barramansense nº 15
DIRCEU CHIESSE COUTINHO
1953 - Interino
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Década de 1950 - Dirceu Chiesse Coutinho com o microfone, ao lado do Prefeito
Leonísio Socrates Baptista (de óculos). Inauguração do primitivo asfalto da Av. Homero Leite em Saudade. |
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Governador Roberto Silveira e Dirceu Chiesse Coutinho |
Filho do comerciante Argemiro de Paulo Coutinho e de Dona Elvida Chiesse; neto de Giovanni Chiesse e do Major Nestor de Paula Coutinho - vereador em Barra Mansa de 1907 à 1910.
Dirceu foi
vereador na 33ª Legislatura de 1951 a 1955, e
presidente da Câmara em 1952 e no inicio de 1953. Por isso assumiu interinamente o cargo de prefeito, durante o mandato de seu tio João Chiesse Filho.
Quando foi vereador, lutou e votou contra a emancipação de Volta Redonda.
Família:
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Pintura, na Galeria dos Prefeitos
do Palácio Barão de Guapy
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Dirceu casou-se com Dona
Orozimba de Camargo, e tiveram cinco filhos: Entre eles Sônia, Heloísa, Dirceu Camargo Coutinho e Jaime Coutinho.
Sua filha
Sônia Maria de Camargo
Coutinho Parreira, foi vereadora em Barra Mansa por quatro mandatos consecutivos de 1996 à 2012, e a partir de 2013 tornou-se chefe de gabinete do seu primo, vereador Rodrigo Drable.
Conheço seus filhos Sônia e Jaime da política, e estudei com sua neta Alice Coutinho.
Homenagens:
Uma escola em Barra Mansa, ganhou o seu nome, porém, teve a denominação alterada, para homenagear outra pessoa, sendo vivo Dirceu. Isto o entristeceu, segundo conta a sua filha Sonia.
FLÁVIO MIRANDA GONÇALVES
1947 - 1951
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Prefeitos Flávio Miranda Gonçalves e Leonísio Sócrates Baptista |
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Pintura, na Galeria dos Prefeitos
do Palácio Barão de Guapy
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(Barra Mansa, 3 de abril de 1903
— Barra Mansa, 23 de novembro de 1969).
Flávio Miranda Gonçalves foi um grande barramansense, e marcou a história do nosso muito amado município. Foi o
primeiro presidente da Associação Comercial e Industrial em 1933, e foi reeleito em 1936 - durante a sua gestão, fez a primeira manifestação da ACIAP contra a ferrovia, enviou um documento a Central do Brasil, solicitando a construção de uma passagem subterrânea.
Em 1937, seu nome consta no "Almanak Laemmert" como proprietário de torrefação de café no Distrito Sede.
Política:
Também em 1936 foi
vereador - na 31ª Legislatura de Barra Mansa -, porém em 30 de março de 1937, deixou o cargo, e o suplente Orlando Brandão assumiu a sua vaga. Neste mesmo ano, Getúlio Vargas fechou o congresso nacional e dissolveu as câmaras municipais do Brasil.
Demorou, e só em 1947 voltaram às eleições. Barra Mansa ficou nove anos sem vereadores, e com prefeitos-interventores.
Flávio foi eleito prefeito em 28 de Setembro de 1947 com 3.250 votos, contra 2.957 votos de
João Chiesse Filho e 2.329 votos de
José Fontes Torres.
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1949 - Corpo da Gurda Municipal de BM. Recriado pelo Prefeito Flávio em 1947. |
Governo:
Sucedeu ao interventor Francisco Junqueira Villela de Andrade. Desde a revolução de 1930 que levou Getúlio ao poder, Barra Mansa não elegia prefeitos, tinha interventores.
Seu mandato foi de 11 de outubro de 1947 a 31 de janeiro de 1951.
Sua administração foi proveitosa: Reformou o Parque Centenário (o popular -
Jardim das Preguiças);
Realizou diversas obras no distrito de Volta Redonda - que na época estava a crescer vertiginosamente com a inauguração da CSN;
Construiu a escola municipal do distrito de Ribeirão de São Joaquim.
Recriou a Guarda Municipal em caráter definitivo, e
"transformou Barra Mansa em um grande canteiro de obras. Isso, em uma época na qual as prefeituras funcionavam com recursos próprios.
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Abril de 1950 - Pref. Flávio de terno branco em Congresso de Comerciantes - Palácio Barão de Guapy |
Durante seu mandato a multinacional Dupont se instalou no município em 1949 e foi construído e inaugurado o Grupo Escolar Barão de Ayuruoca."
Segundo o historiador Franco Faria, durante o seu governo, Flávio desapropriou a sede da Fazenda Ano Bom, e ao seu redor 1 alqueire de terras, com o propósito que nunca realizou-se, de para ali transferir a
Santa Casa de Misericórdia.
Foi sucedido pelo Prefeito João Chiesse Filho.
Foi proprietário da
Padaria São José, que antes era de seu pai na Avenida Joaquim Leite. Posteriormente no lugar deste comércio funcionou por vários anos a famosa papelaria -
Casa Aurora, e na atualidade é o
Ponto Frio, ao lado do
Shop House.
Residia com a família em cima da padaria, onde hoje é a
Academia Corpo e Cia.
Após a vida pública, Flávio foi gerente e diretor do
Banco da Barra do Piraí, filial Barra Mansa.
Família:
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31/Jan/1951 - Pref. Flávio ao lado de Dário Aragão e Pedro monteiro Chaves inaugura o Grupo Escolar Barão de Ayuruoca |
Filho do Capitão
Bertholino Joaquim Gonçalves e de Dona Etelvina Miranda Gonçalves. Seu pai foi vereador por dois mandatos de 1919 à 1923 (26ª e 27ª legislaturas), e também prefeito, de 1930 a 1931.
Casou-se com Dona
Sylvia Moraes Gonçalves em 22 de junho de 1925, e tiveram dois filhos: o médico José Moraes Gonçalves, e Elenice Moraes Gonçalves.
Dr. José Moraes Gonçalves casou-se com Jairinete e teve quatro filhos: Denise, Dayse, Doris e Diane; e os netos: José, Pedro, Iana, Gabriel, Flávio, Juliana e Frederico.
Dona Elenice, casou-se com Sr. Naylo de Souza, e teve aos filhos: Flávia, André e Silvia; e os netos: Thiago, Paula, Gustavo, Andrea, Roberta e Marcella.
Seus descendentes não seguiram na política.
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Flévio de Miranda Gonçalves com a esposa - Dona Sylvia Moraes Gonçalves - Acervo: Dona Elenice Gonçalves Souza. |
Sou amigo dos seus bisnetos: Gustavo, Vinicius Barbosa, Andréa Ramos de Souza e Marcella Barbosa. Estudei com Marcella e Andréa no
Verbo Divino.
Gustavo, médico veterinário é um conhecido agropecuarista da região, e Andréa farmacêutica promissora.
Seu neto, Dr. Ronaldo Barbosa é junto com os filhos, renomados advogados, com escritório no coração financeiro de Barra Mansa. Dr. Ronaldo foi procurador geral do Município, durante o governo do Pref. José Renato.
Homenagens:
Tem seu nome a antiga rua 2 no bairro Roberto Silveira; e a ponte Saudade - Vila Nova, construída e inaugurada no governo Féres Nader.
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Jornal "A Noite" de 19 de junho de 1950, contendo informações
sobre a administração de Flávio Gonçalves. |
Referências Bibliográficas: Jornal Memória Barramansense nº 16 da ABH. Revista - O Líder da ACIAP.
Colaboração: Gustavo Souza e Dona Elenice Gonçalves Souza. (bisneto, e filha do Prefeito Flávio).
FRANCISCO JUNQUEIRA VILLELA DE ANDRADE
1947
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03/Out/1947 - Inauguração do Ed. São Luiz - Pref. Francisco Junqueira Villela de branco, ao seu lado direito a grande personalidade de Barra Mansa - Com. Geraldo Ozório, dono do prédio. Na foto também Dário Aragão. |
Senhor
Francy Villela, foi o
último prefeito-interventor de Barra Mansa. A sua gestão ocorreu durante o governo do presidente do Brasil - Eurico Gaspar Dutra.
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Francisco Junqueira VIllela Foto da Galeria dos Ex-Presidentes do Rotary Clube de Barra Mansa. Montada pelo Sr.Ricardo Machado. |
Prefeito de Barra Mansa:
Seu breve governo foi de 23 de março a 11 de outubro de 1947. Sucedeu ao prefeito-interventor José Cardoso Guimarães Cotia, e foi sucedido pelo prefeito eleito Flávio Miranda Gonçalves.
Inaugurou em 03/Out/1947 o Edifício São Luiz - prédio onde na atualidade fica a Galeria das Flores, a Rádio do Comércio e o Salão da Zezé.
O prédio luxuoso e alto para a época, era de propriedade do grande empresário Comendador Geraldo Ozório - que mais tarde em 1966 realizou permuta com Dona Jardelina Coutinho Carvalho, do edifício pelo terreno e casa que eram dela, e em 1971 deu lugar a construção da atual rodoviária.
Rotary Clube:
Foi presidente do Rotary Clube de Barra Mansa de 1946 a 1947, e muitos anos depois, de 1983 a 1984.
Empreendedor:
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Prefeito Francisco ao centro de terno branco, cortando a fita da inauguração do Ed. São Luiz, ao lado do Comendador. |
Sr. Francy, é um nome famoso em nossa história, devido a vários fatos, entre eles a criação de bairros importantes de nossa cidade.
A partir da década de 1940, junto ao seu irmão - Dary Villela de Andrade, constituíram a firma:
Junqueira Villela Ltda. Adquiriram a Fazenda Ano Bom, de um parente próximo, e lá colocou gado de qualidade.
Quatro anos depois, Dary vendeu a sua parte de 25 alqueires a Orlando Brandão, que iniciou o loteamento, que hoje é o bairro Vila Orlandélia.
Francy Villela com seu espírito empreendedor e com o que restava da fazenda, iniciou em 1945 o primeiro loteamento dos muitos que realizaria naquelas terras. Seu primeiro empreendimento que hoje constitui o bairro Ano Bom se tornou antieconômico pelos grandes gastos efetuados e com efeito teve de realizar muitos aterros junto ao Paraíba e numa época em que as máquinas de terraplanagem ainda não eram tão potentes. Em 1968 Francy Villela vendeu parte do terreno a Melquiades Sverberi que associado a Odilon Resende Barbosa e Guido Severi lotearam e constituíram o atual bairro Santa Rosa. (Franco Faria na coluna da história da Fazenda Ano Bom, Jornal Projeção - década de 1980).
Também estão ligados a desmembramentos de terras do Sr. Francy, loteamentos que deram origem aos bairros: São Francisco de Assis, Santa Rosa, Cima Rosa, Residencial Cristo Redentor, e Panorama (onde situam-se as torres retransmissoras de televisão).
Franco Faria, ainda escreveu que o sonho de Sr. Francy, era fazer da sede da Fazenda Ano Bom, um museu. A sede foi uma escola municipal, e depois transformou-se em ruínas que serviam de abrigo a marginais. O Prefeito João Chiesse Filho a demoliu.
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Marca famosa em toda a região. |
Foi um dos fundadores, junto com o pai - Nhô Chico, o parente Gabriel Antônio, e outros 42 fazendeiros, da
Cooperativa Agro-Pecuária Barra Mansa, em 26 de fevereiro de 1940, hoje famosa regionalmente por produzir o famoso -
Leite Barra Mansa, a
Manteiga Barra Mansa, e outros produtos lácteos.
Sr. Francy foi o primeiro diretor comercial da cooperativa.
Família:
Os Villela de Andrade, são uma das ilustres famílias de nosso município, se destacaram como políticos, empresários e beneméritos.
Há três ou quatro Francisco Villela's na história de Barra Mansa.
Francisco Villela de Andrade
'Nhô Chico' - foi vereador em Barra Mansa nas legislaturas: 27ª (1922 - 1923), 28ª (1924 - 1927), n'esta última foi presidente da Câmara. É pai de:
Dary,
Manoel de Sá Junqueira de Andrade
'Nelito', Dr.
Nelson - dentista -,
João Baptista,
José Eduardo - falecido em um desastre de avião -, e Francisco Junqueira Villela de Andrade, o Sr.
Francy.
O Prefeito Sr. Francy, teve um filho, que chamou pelo nome de seu pai -
Francisco Villela de Andrade Netto - Este, advogado e político, concorreu à prefeito de Barra Mansa, nas eleições de 1966, e perdeu para Marcello Drable. Em 10 de abril de 1968,
'no auge de sua carreira' foi atropelado na antiga Av. 24 de Outubro - que liga o Centro a Estamparia, no mesmo ano, a via foi denominada com seu nome.
Sr. Francy ainda é parente de Gabriel Antônio Villela de Andrade, que foi vereador em Barra Mansa, na 30ª Legislatura (1929 - 1930);
É parente de João Baptista Junqueira de Andrade, que foi vereador em Barra Mansa em 1936;
É parente de Eduardo Junqueira, que também foi prefeito de Barra Mansa;
Também é parente do vereador Cap. Octávio Villela Siqueira - sogro do vereador Clodoaldo Pimentel - pai do também vereador - Dr. Gleizer Siqueira Pimentel, que é pai de Eduardo Pimentel, atual presidente do Diretório Municipal do PTB.
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Casa do Rotaryano do Ano Bom |
No município de Ayuruoca - MG, haviam muitos Villela de Andrade.
Homenagens:
Foi dado o seu nome, ou o nome de seu pai a escola municipal do bairro São Francisco de Assis.
Ainda leva o seu nome, a Casa do Rotaryano, ou o salão principal d'esta, no Ano Bom, creio que doou o terreno para a edificação da sede.
Fontes: Jornal Panorama de Juarez Modesto, década de 1980, coluna sobre a Fazenda Ano Bom, escrita por Dr. José Carlos Franco Faria, historiador barramansense.
Rocha, Alan Carlos - Segunda Parte do Livro "Memória Comemorativa do Primeiro Centenário".
JOSÉ CARDOSO GUIMARÃES COTIA
Era funcionário da prefeitura e foi designado em Outubro de 1934 pelo governador-interventor Ary Parreiras para assumir o expediente durante o afastamento do titular - Isimbardo Peixoto, prefeito-interventor.
Mais tarde voltou a governar, desta vez como titular - de 14 de novembro de 1946 a 23 de março de 1947.
Foi
vereador na 32ª Legislatura da Câmara de Barra Mansa, (1947 - 1951).
Penúltimo prefeito-interventor de Barra Mansa; durante a sua gestão - Eurico Gaspar Dutra era o presidente do Brasil; no Estado do Rio - Hugo Silva e depois Francisco Santos foram os interventores-federais.
Sucedeu ao prefeito-interventor Oscar Bulcão Viana, e foi sucedido pelo prefeito-interventor Francisco Junqueira Villela de Andrade.
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Trecho da Rua José Cardoso Guimarães Cotia, cortada pela ferrovia. Imagem: Google |
Família:
Os Guimarães Cotia são de Barra Mansa, Prefeito José Cardoso, é parente de Edgar Cardoso Guimarães Cotia (nome de rua no Ano Bom), e de Euclydes Alves Guimarães Cotia (proprietário de terras, que formaram os bairros Mirandópolis e Jardim Pollastri), a estrada que liga o centro de Quatis à Floriano leva o nome de Euclides.
Capitão Domingos Alves Guimarães Cotia foi vereador distrital na 17ª Legislatura da nossa Câmara Municipal, (1892 - 1895), a primeira após à proclamação da república.
Homenagem:
Há com seu nome, uma rua - cortada pela linha férrea -, no centro de Barra Mansa, entre a Avenida Pres.Vargas (
beira-rio), e a Praça Ponce de Leon (
da matriz).
OSCAR BULCÃO VIANA
1946
1944 - 1945
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Jornal 'A Noite" Novembro de 1944. |
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Posse do 1º Mandato, noticiado pelo Jornal "A Manhã" de 21/Out/1944 |
Dr. Bulcão Viana foi
prefeito-interventor de Barra Mansa por duas vezes.
Antes, foi prefeito em Itaguaí - RJ e em novembro de 1940 foi exonerado por Amaral Peixoto, para ser nomeado prefeito de Rio Claro - RJ.
Primeiro Mandato:
A primeira de 11 de outubro de 1944 a 21 de novembro de 1945 sucedeu ao prefeito-interventor Joaquim Ribeiro de Almeida Mattos, e foi sucedido pelo prefeito-interventor Dr. Paulo Pires de Melo.
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1946 - Posse do 2º mandato no Palácio Barão de Guapy.
Bulcão Viana ao centro, ao lado do Dr. Dario Aragão |
Foi nomeado pelo governador-interventor Ernani do Amaral Peixoto (genro de Getúlio Vargas), de quem era oficial de gabinete na Coordenação de Mobilização Econômica.
A cerimônia de posse foi na capital do estado - Niterói -, no gabinete do secretário de Interior e Justiça, e estiveram presentes : "destacadas figuras do governo estadual, bem como elementos representativos da capital da Republica e do município de Barra Mansa"
(Jornal Diário da Noite).
Já em março de 1945 assinou contrato para o fornecimento de "serviços de telefones automáticos" em Barra Mansa.
Segundo Mandato:
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Acervo - "ABH" |
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1946 - Banquete no salão da Maçonaria.- Dario Aragão e Bulcão Viana. |
A sua nova gestão foi de 19 de fevereiro de 1946 a 11 de novembro de 1946 - sucedeu ao prefeito-interventor Marcil Rosa de Lima e foi sucedido pelo prefeito-interventor José Cardoso Guimarães Cotia.
Família:
Filho do General Antonio Vicente Bulcão Vianna, e de Dona Maria Augusta Smidt de Bandeira Bulcão Vianna.
Seu pai nasceu na Bahia, e residia em Santa Catarina, onde foi vereador em Florianópolis, deputado, presidente da Assembleia Legislativa, e governador interino.
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Rua Pref. Bulcão Viana no Jardim Boa Vista Imagem: Google - 2011 |
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Quadro existente na Prefeitura de Rio Claro - RJ, na Galeria dos Prefeitos. |
Homenagem:
Nome de rua no bairro Jardim Boa Vista.
MARCIL ROSA DE LIMA
1946
Prefeito-interventor de Barra Mansa por apenas nove dias, de 11 a 19 de Fevereiro de 1946. Biografia, e fotografias suas não são conhecidas.
A sua posse, coincide com a de Lúcio Meira, como interventor-federal à governar o Estado do Rio de Janeiro.
Sucedeu ao prefeito-interventor Paulo Pires de Melo, e foi sucedido pelo prefeito-interventor Oscar Bulcão Viana.
PAULO PIRES DE MELO
1945 - 1946
Prefeito-interventor, governou Barra Mansa de 21/Nov/1945 a 11/Fev/1946.
Foi nomeado pelo interventor-federal Abel de Magalhães no mesmo mês que este assumiu o governo do Estado do Rio de Janeiro; no dia seguinte da saída de Magalhães - o prefeito Paulo Pires de Melo também deixou de ser prefeito de Barra Mansa.
Sucedeu ao prefeito-interventor Dr. Oscar Bulcão Viana e foi sucedido pelo prefeito-interventor Marcil Rosa de Lima.
JOAQUIM RIBEIRO DE ALMEIDA MATTOS
1942 - 1944
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1942 - Prefeito Joaquim Ribeiro de Almeida Mattos, discursando em solenidade no Campo do Barra Mansa FC. que ficava na Rua Cristóvão Leal - Centro da Cidade. Acervo - ABH |
Prefeito-interventor, governou Barra Mansa de 06/Nov/1942 a 19/Set/1944, na época em que era interventor-federal do estado, Ernani do Amaral Peixoto (genro de Getúlio Vargas).
Sucedeu ao prefeito-interventor Capitão Mário Pinto dos Reis, e foi sucedido pelo prefeito-interventor Dr. Oscar Bulcão Viana.
O seu sobrenome - "Ribeiro de Almeida", leva a imaginar, que fazia parte da parentela do ilustre Comendador Joaquim Leite Ribeiro de Almeida, do Barão de Ayuruoca entre outros. Porém não há documentação.
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Assinatura de ata à construção de Grupo Escolar no Distrito de Amparo. |
MÁRIO PINTO DOS REIS
1935 - 1942
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Baile no Palácio Barão de Guapy pela posse de Mário Pinto dos Reis.
(que esta no centro, atrás das flores), na foto também está Dário Aragão. |
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Pintura, na Galeria dos Prefeitos do
Palácio Barão de Guapy
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Capitão Mário Pinto dos Reis, de família tradicional em Barra Mansa, foi
prefeito-interventor e
prefeito-eleito do município.
Antes foi
vereador em Barra Mansa, na 29ª legislatura - (1927 - 1929), seu pai também foi vereador.
Governo:
Foi primeiro Interventor de 01 de Janeiro de 1935 a 5 de Agosto de 1936; a partir desta data até 10 de novembro de 1937 governou como Prefeito-Eleito; e novamente como Interventor até 6 de novembro de 1942.
Sucedeu ao prefeito-interventor Dr. Isimbardo Peixoto, e foi sucedido pelo prefeito-interventor Joaquim Ribeiro de Almeida Mattos.
Em 1934 quando assumiu o governo, vigia o interregno legislativo, não haviam vereadores desde 1930, com a subida ao poder de Getúlio Vargas. Em 1936 houve nova legislatura, porém já no ano seguinte, quando Vargas implantou o Estado Novo, dissolveu novamente as câmaras municipais.
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1937 - Lançamento da Pedra Fundamental da Sid. Barra Mansa, Pref. Mário Pinto dos Reis. |
Governava o Estado do Rio de Janeiro, o interventor Ary Parreiras.
Em seu governo transferiu o Ginásio Municipal de Barra Mansa, para a Congregação do Verbo Divino em 1936. E segundo Alan Carlos Rocha¹, foi impulsionador do ensino e da cultura e doou terreno à mesma congregação, para a edificação do moderno colégio; a qual tive a honra de estudar desde a alfabetização, até concluir o primário. No Verbo também estudou meu tio Modestino.
Segundo o Sr. Mário Pinto dos Reis Netto, o seu avô foi eleito, para o segundo mandato, e isso orgulha muito a família, pois comprovou a sua aprovação como interventor,
A Industrialização de Barra Mansa:
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Década de 1940 - Pref. Mário e esposa, na entrega de brinquedos, presentes de Natal. Cine Éden. |
Durante a gestão do Pref. Mário, grandes empreendimentos industriais foram construídos:
Nestlé - inaugurada em fevereiro de 1937 - meu avô e também a minha avó trabalharam nessa fábrica. Também em 1937 - A
Siderúrgica Barra Mansa começou a ser construída, e a fábrica da
Cia Metalúrgica Barbará por Baldomero Barbará - que comprou a fazenda onde instalou um alto-forno, e depois transferiu a fábrica inteira trazendo da cidade de Caeté - MG.² Meu avô após a Nestlé trabalhou e se aposentou na Cia Barbará.
Em 09/Abr/1941 foi fundada a
CSN, e Barra Mansa foi a escolhida para a recepção do grandioso empreendimento.
Também foi
provedor da Santa Casa de Misericórdia de Barra Mansa de 1938 a 1950.
Família:
Filho do Capitão
Manoel Vicente dos Reis, que também foi vereador em Barra Mansa: Nas legislaturas: 18ª (1895-1898) , 19ª (1898-1901), 21ª (1904-1907) e 22ª (1907 - renunciou neste ano, pois foi nomeado collector estadual). Na 18ª Legislatura - ele foi vereador distrital, na 19ª - vereador geral, na 21ª e na 22ª já não haviam esta distinção entre vereadores.
Mário Pinto dos Reis casou-se com Dona
Alice Tavares dos Reis. Os bairros Boa Sorte, Piteiras, São Judas Tadeu e Jardim Alice, estão ligados a esta família.
Foram pais da professora Jandyra Reis.
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03/Out/1939 - 1 Interventor Federal Alfredo Neves; 2 Pref.Mário; 3 Dário Aragão; 6 Ataulpho P.Reis |
Ataulpho Pinto dos Reis, irmão de Mário, foi um dos políticos mais destacados de Barra Mansa, foi vereador na 32ª Legislatura: (1947 - 1951), foi o primeiro presidente da Câmara de 1947 a 1948, após o interregno de dez anos sem vereadores. Foi também deputado estadual, e lutou contra a emancipação do Distrito de
Volta Redonda. A sua família administra o
Cartório Souza Reis, de Registro Civil, até aos dias de hoje.
Sou amigo dos sobrinhos-netos de Mário: Carlos Eduardo e Beatriz.
Homenagens:
Mário Pinto dos Reis é nome de rua: na entrada do bairro Verbo Divino; e no bairro Retiro.
Fontes Bibliográficas: ¹ Rocha, Alan Carlos - Segunda Parte do Livro "Memória Comemorativa do Primeiro Centenário".
² Livro dos 75 Anos da Saint Gobain - "Saint Gobain Canalização, O Caminho Seguro das Águas"
Revista do Segundo Governo do Prefeito Luiz Amaral. - Sobre a Nestlé.
Fotos: ABH
ISIMBARDO PEIXOTO
1931 - 1934
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03/Out/1932 - 1º Centenário de Emancipação de Barra Mansa. Pref. Isimbardo Peixoto de terno branco, ao lado Maria Luiza Gonzaga. Em frente ao Palácio Barão de Guapy. |
Dr. Isimbardo Rodrigues Peixoto, nasceu em Campos dos Goytacazes - RJ.
Homem muito culto, foi poeta, escritor de vários livros, jornalista, advogado e poliglota.
Os seus poemas, falavam do amor às mulheres.
Participou da fundação da Academia Campista de Letras em sua cidade natal.
Fundou a primeira loja maçônica do Estado do Acre.
Governo:
Foi prefeito-interventor de Barra Mansa, de 25/Set/1931 a 31/Dez/1934, a maior parte do mandato coincidiu com o do interventor-federal Ary Parreiras a governar o Estado do Rio de Janeiro.
Sucedeu ao prefeito-interventor José Antônio Alves Sobrinho, e foi sucedido pelo prefeito-interventor Mário Pinto dos Reis.
Segundo seu neto Aloysio, foi o primeito prefeito maçon de Barra Mansa.
Durante a gestão do Dr. Isimbardo, ocorreram as comemorações do primeiro centenário de criação do Município de Barra Mansa. E foi lançado o Livro "
Memória Comemorativa do 1º Centenário", de autoria de Antônio Figueira de Almeida - décadas depois, esta obra foi relançada e expandida por Alan Carlos Rocha.
Também para as comemorações, foi composto o belo
Hino à Barra Mansa, cuja letra é do Professor Henrique Braune Zamith, e a música coube ao maestro Izídio Sacchi de Moura - que em razão do curto espaço de tempo para a sua criação, sugeriu procurar em seu acervo de partituras antigas, uma música para o Hino. Encontrou a música
"Pelo Brasil", de autor desconhecido. O hino foi cantado no dia do primeiro centenário em 3 de outubro de 1932.
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Jornal A Batalha - 26/Set/1931 |
O Prefeito Isimbardo pelo ato nº 180 de 15 de maio de 1933, tornou o hino oficial nas escolas municipais de Barra Mansa.
Característica marcante do Dr. Isimbardo, que pode ser constatada em sua fotografias, era o uso de ternos brancos, roupas claras e gravatas borboletas - hábito confirmado por Aloysio; décadas depois, outro prefeito também ficou marcado pelo uso de vestes alvas - Luiz Amaral
Na cidade, está marcada a sua gestão, há um obelisco aos trabalhadores na Praça Ponce de Leon. No Parque Centenário -
que ganhou este nome em homenagem ao 1º Centenário de Barra Mansa -, há um obelisco com uma água no topo, coisa do seu governo.
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03/Out/1956 - Dr. Isimbardo e o Pref.
Leonísio inauguram a Rua Dr. Mário Ramos. |
Aloysio, ainda conta, que durante o governo do seu avô, houve uma infestação de formigas tanajuras em Barra Mansa, e o Prefeito Isimbardo, resolveu o mal, com a ajuda dos estudantes do município.
Humberto Quinto Chiesse, foi delegado de polícia, durante a gestão do prefeito Isimbardo, e em entrevista a Juarez Modesto do Jornal 'Projeção', em agosto de 1979, afirmou: Que ele e Isimbardo tinham um bom relacionamento, e que
"quando ele foi embora estava em dificuldade financeira que a política acabou com tudo que ele tinha". O velho Humberto ainda afirmou que a administração do Prefeito Peixoto, foi uma das melhores.
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03/Out/1956 - Banquete - Dr. Isimbardo e Pref. Leonísio Sócrates Baptista. |
"Ele tinha boas ideias, tinha prestígio, e todo o dinheiro que ele tinha ele gastou aqui trazendo benefícios, melhoramentos, os operários gostavam muito dele, ele reformou aquele parque colocando aquela água, aqui na Praça Ponce de Leon tinha uma fonte..." E disse que Isimbardo merecia mais justiça. Juarez Modesto, em suas perguntas à Humberto, ainda afirmou: ..
."eu escuto os antigos dizerem que foi das melhores administrações."
Após a Prefeitura:
Foi Comissário de Menor, Juiz de Direito, e Desembargador no RJ.
No governo do Prefeito Leonísio Sócrates, Dr. Isimbardo foi "hóspede oficial da prefeitura" nas comemorações do 124º Aniversário de Barra Mansa, e participou da inauguração da Rua Dr. Mário Ramos.
Em 1966 fazia parte do Governo do Estado do Rio de Janeiro, e teve seu nome elogiado por isso durante uma sessão da Câmara Municipal de Barra Mansa, na 36ª Legislatura.
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29/Nov/1925 - Casamento de Isimbardo Peixoto e Dona Maria Edelmira Acervo - Sr. Aloysio Peixoto |
Era amigo pessoal de Juscelino Kubitschek, eles trocavam cartas.
Se aposentou como desembargador. Viveu muitos anos, faleceu em Niterói, em 1988.
Família:
Filho de Vladimiro Peixoto e de Gisela Peixoto.
Neto paterno de Manuel Rodrigues Peixoto (nascido em Campos dos Goytacazes - 01/Ago/1843), e de Dona Maria Isabel de Miranda Manhães (neta dos barões de Abadia).
Manuel foi deputado de 1881 a 1884, e novamente em 1897, em 1904 a convite do presidente do estado - Nilo Peçanha -, foi o 1º prefeito de Campos, após isto foi deputado federal, faleceu em 29/Set/1919.
Dr. Isimbardo teve uma irmã - Marinela Peixoto.
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Primeira-Dama Maria Edelmira Peixoto Acervo - Aloysio Peixoto Junior |
Casou-se com Dona
Maria Edelmira Vivacqua Peixoto (Mariquinha) - natural de Cachoeiro de Itapemirim - ES. Irmã da atriz Dora Vivacqua, conhecida por
'Luz Del Fuego', e do senador espírito-santense Attilio Vivacqua.
Filhos: Aloysio Célio Isimbardo Vivacqua Rodrigues Peixoto, e Sandra Peixoto de Souza.
Teve 13 netos e diversos bisnetos.
Seus descendentes residem em Niterói e Campos.
Homenagens:
Nome de rua no bairro Saudade em Barra Mansa.
Foi homenageado pelo Tribunal de Justiça do RJ "por nunca em toda sua vida, como homem público ou em seus cargos junto ao judiciário, ter tido uma reclamação ou algo que tirasse seus méritos".
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Rua Dr. Izimbardo Peixoto - Saudade Google - Março de 2014. |
Lembranças:
Seu neto Aloysio, lembra, que o avô, com constância, falava sobre Barra Mansa, e a referia
"como uma cidade de povo muito bom e localidade super agradável".
De tanto que Isimbardo falava, Aloysio veio conhecer Barra Mansa.
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Isimbardo Peixoto de terno branco, ao lado direito - Leonísio Sócrates Baptista (Acervo ABH). |
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Três Prefeitos de Barra Mansa - Isimbardo Peixoto de terno branco e gravata borboleta, com sua esposa Maria Edelmira, a esposa de Leonísio Sócrates Baptista e ele, e João Chiesse Filho, com lenço no bolso. (Acervo ABH). |
Fonte: Família: http://institutohistoriar.blogspot.com.br/2010/08/manuel-rodrigues-peixoto.html
Informações do seu neto - Aloysio Célio Isimbardo Vivacqua Rodrigues Peixoto Júnior.
JOSÉ ANTÔNIO ALVES SOBRINHO
1931
Prefeito-interventor de Barra Mansa, governou o município por apenas nove dias: de 17 de setembro de 1931 a 25 de setembro de 1931; na época em que o interventor-federal Mena Barreto governava o Estado do Rio de Janeiro.
Sucedeu ao Capitão Bertholino Joaquim Gonçalves, e foi sucedido pelo Dr. Isimbardo Peixoto.
Família:
Casou-se com Maria Amélia da Silva Alves Sobrinho, e foram pais de Dona Aracy Alves, que casou-se com Albo Augusto Chiesse - filho de Giovanni Chiesse.
Creio que era parente do Dr. João Alves Sobrinho, que também foi prefeito, em 1923.
BERTHOLINO JOAQUIM GONÇALVES
1930 - 1931
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Fotografia de 1915. |
O Capitão Bertholino Joaquim Gonçalves, foi candidato â vereador nas eleições de 1904 em Barra Mansa, e teve 25 votos, sendo o segundo "immediato em votos",ou seja, que não se elegeu, empatado na mesma quantidade de votos com mais cinco candidatos.
Foi vereador em nossa cidade, por dois mandatos: na 26ª e 27ª Legislatura: (1919 - 1922), (1922 - 1923). nesta última foi também o presidente da Câmara.
Governo:
De 11 de dezembro de 1930 a 17 de setembro de 1931 - foi prefeito-interventor de Barra Mansa, sucedeu ao prefeito-interventor Eduardo Junqueira, e foi sucedido pelo prefeito-interventor José Antônio Alves Sobrinho.
Negócios:
Foi proprietário da Padaria São José - que depois foi herdada pelo seu filho Flávio -, na Avenida Joaquim Leite. Posteriormente no lugar deste comércio funcionou por vários anos a famosa papelaria - Casa Aurora, e na atualidade funciona o Ponto Frio.
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Primeira-Dama Dona Etelvina Esposa do Cap. Bertholino Acervo - Gustavo Ramos |
Família:
Casado com
Dona Etelvina Miranda Gonçalves.
Seu filho Flávio Miranda Gonçalves, também foi vereador - 31ª Legislatura (1936 - 1937), e prefeito (1947 - 1951).
Sou amigo dos seus trinetos: Gustavo, Vinicius Barbosa, Andréa Ramos de Souza e Marcella Barbosa. Estudei com Marcella e Andréa no
Verbo Divino.
Gustavo, médico veterinário é um conhecido agropecuarista da região, e Andréa farmacêutica promissora.
Seu bisneto, Dr. Ronaldo Barbosa é junto com os filhos, renomados advogados, com escritório no coração financeiro de Barra Mansa. Dr. Ronaldo foi procurador geral do Município, durante o governo do Pref. José Renato.
Homenagem:
Antiga Rua Bertholino Gonçalves no Ano Bom, entre a cabeceira da Ponte Nilo Peçanha, e a Praça Castelo Branco.
EDUARDO JUNQUEIRA
1930
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1927 - Inauguração da 1ª agência bancária de Barra Mansa - Banco Ribeiro Junqueira na Av. Joaquim Leite, o imóvel já demolido depois funcionou o Hotel Careca, e hoje funciona um estacionamento, em frente às Lojas Americanas.
Entre as pessoas da foto: Major Eduardo Junqueira, Cel. Francisco Villela, Elias Geraidine. |
Major Eduardo de Sá Fortes Junqueira, foi prefeito-interventor de Barra Mansa, de 29 de Outubro a 11 de Dezembro de 1930. Sucedeu ao prefeito interino Adolfo Klotz, e foi sucedido pelo prefeito-interventor Bertholino Gonçalves.
Foi o primeiro prefeito da Era Vargas.
"Foi politico militante, chefe da Alliança Liberal, e fazia parte do Conselho Consultivo".
Eduardo Junqueira, foi o primeiro gerente do Banco Ribeiro Junqueira, primeiro banco de Barra Mansa.
Faleceu no Rio de Janeiro na década de 1930.
Família:
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Início da Rua Eduardo Junqueira - Março de 2014. |
Filho do Ten. Cel. Manoel de Sá Fortes Junqueira (nascido em Cruzilia - MG), e de Dona Genoveva Clara Fortes Junqueira (nascida em Ayuruoca - MG).
Homenagem:
Em 1931 o prefeito-interventor Isimbardo Peixoto, alterou o nome da Rua Marquês de Hervat, para Rua Eduardo Junqueira. Na atualidade este extenso logradouro, esta para ser transformado em uma larga avenida, que ligará o bairro Barbará ao bairro Saudade, com as aguardadas obras de Readequação Ferroviária.
Fonte: http://docplayer.com.br/12998211-O-assumptos-c-le-interessam-a-hjectividaee-j-q-5-a-d-a-i-t-i-a-b-r-n-c-a-710-i-3-o-de-novembro-de-jy-j3.html
ADOLPHO KLOTZ
1930 - 1931 (Interino)
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Pintura da Galeria dos Prefeitos no Palácio Barão de Guapy |
Dr. Adolpho Klotz (Juiz de Fora - MG, 22 de Março de 1893 — 1971).
Filho de Luiz Klotz e Josepha Klotz. Era dentista de profissão.
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Rua Adolpho Klotz - Santa Rosa Google - Outubro de 2011. |
Em Barra Mansa,
vereador e
presidente da câmara municipal na 30ª Legislatura de 1929 a 1930.
Foi prefeito interino em 1930, sucedeu ao Eng. Gustavo Lyra e foi sucedido pelo prefeito-interventor Eduardo Junqueira.
Dr. Adolpho foi também deputado constituinte em 1934.
Homenagem:
Nome de rua no bairro Santa Rosa.
Fontes Bibliográficas: ¹ Rocha, Alan Carlos - Segunda Parte do Livro "Memória Comemorativa 1º Centenário"
GUSTAVO LYRA
1930
1916
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Pintura da Galeria dos Prefeitos - Palácio Barão de Guapy |
O engenheiro Gustavo Lyra da Silva foi duas vezes prefeito de Barra Mansa, a primeira vez, foi nomeado, governou de 17 de abril a 5 de agosto de 1916 - sucedeu ao prefeito nomeado Dr. Emygdio José Ribeiro -, e foi sucedido pelo prefeito nomeado Dr. Aristides Sabóia de Alencar.
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Rua Gustavo Lyra - Fev 2014 - Imagem: Google. |
Conquistou 952 votos nas eleições de 29/Set/1929 e voltou como
prefeito eleito, tomou posse em 01/Jan/1930 - governou até 29 de outubro de 1930, sucedeu ao prefeito eleito Capitão Oscar Teixeira de Mendonça. Seu mandato terminaria em 1932, porém foi interrompido em consequência da Revolução de 1930 que levou Getúlio Vargas ao poder, foi destituído e sucedido pelo prefeito-interino Dr. Adolpho Klotz.
Depois foi também prefeito de Nictheroy de 1932 a 1935.
Homenagem:
Nome de rua em Volta Redonda.
OSCAR MENDONÇA
1927 - 1929
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Baile em homenagem ao Pref. Oscar Teixeira de Mendonça. |
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Prefeito Oscar Teixeira de Mendonça |
Capitão Oscar Teixeira de Mendonça nasceu por volta de 1885 no distrito barramansense de
Ribeirão de São Joaquim, e faleceu em 04/mar/1949 no distrito barramansense de Quatis.
Era agricultor.
Eleito em 10 de Abril de 1927 com 1635 votos, foi o terceiro
prefeito eleito de Barra Mansa, governou o município de 3 de Maio de 1927 a 31 de Dezembro de 1929, sucedeu ao prefeito eleito Wanderlino Teixeira Leite, e foi sucedido pelo prefeito eleito Gustavo Lyra da Silva.
Foi o pioneiro na abertura de estradas de rodagem que interligam o distrito Sede de Barra Mansa, aos distritos de Quatis e Falcão.
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Pintura da Galeria dos Prefeitos
- Palácio Barão de Guapy |
Também foi
provedor da Santa Casa da Misericórdia de Barra Mansa de 1925 a 1930.
Família:
Filho de Ten. Cel.
Jeremias Teixeira de Mendonça e de Dona Gertrudes Amelia da Rocha Teixeira. Seu pai foi vereador por cinco mandatos em Barra Mansa, nas legislaturas - 15ª: (1883 - 1887), 17ª: (1892 - 1895), 20ª: (1901 - 1904), 23ª: (1910 - 1913) e 24ª: (1913 - 1916). Na 23ª Legislatura foi também o presidente da Câmara, o penúltimo, antes do município ter prefeito.
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Revista 'Vida Doméstica' Sobre a Posse do Pref. Mendonça. |
Irmãos: Maria Amélia - casada com José Carlos Vieira Ferraz
filho -, Anna Amelia, Marianno, Elmano e Aristeu. O Capitão
Elmano Teixeira de Mendonça - também seguiu a política, e foi como o pai, vereador por cinco mandatos em Barra Mansa, nas legislaturas: 25ª: (1916 - 1919), 26ª: (1919 - 1922), 27ª: (1922 - 1923), 28ª: (1924 - 1927) e 30ª: (1929 - 1930).
É primo de
Wanderlino Teixeira Leite, que foi seu antecessor na prefeitura de Barra Mansa.
Oscar casou-se no dia 20 de dezembro de 1917 em Ribeirão de São Joaquim com
Maria Cândida Marcondes de Sampaio (Pequetita), filha do Cap. Antônio Jacintho Teixeira de Sampaio, e de Dona Rita de Cássia Marcondes de Sampaio, do distrito barramansense de Amparo. Maria Cândida Marcondes de Sampaio faleceu em 12/abr/1918 sem descendentes. É irmã de
Victor Marcondes Sampaio, que foi vereador por três mandatos à Câmara de Barra Mansa.
Casou-se em segundas núpcias no distrito Sede de Barra Mansa, em 22/Mai/1920 com
Zina de Oliveira Ferraz de 17 anos, filha de
José Carlos Vieira Ferraz e Leosina Augusta de Oliveira Ferraz (sogros de sua irmã Maria Amélia). Zina, parente do Barão de Guapy, foi ungida primeira-dama de Barra Mansa, com apenas 24 anos.
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Cel. Jeremias Teixeira de Mendonça - Pai do Pref. Oscar Mendonça. |
Seu segundo sogro, foi vereador no município na 12ª Legislatura (1873 - 1877).
É parente do médico barramansense Dr. Elmano José Mendonça de Faria, clínico geral e gastroenterologista na Santa Casa de Misericórdia da cidade.
Homenagem:
Rua no Centro do distrito de Quatis.
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1927 - Posse do Pref. Oscar Mendonça -
Revista Vida Doméstica |
Fontes: Câmara Municipal de Quatis; BARROS, Hyeróclio Virgílio de Carvalho - História e Histórias de Quatis
http://www.projetocompartilhar.org/Familia/Icap10p2GabrielTeixeiraPinto.htm A sua Genealogia vem da pesquisa de Plínio Ursulino Marcondes de Carvalho.
WANDERLINO TEIXEIRA LEITE
1924 - 1927
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Foto da revista "Vida Doméstica" de 1924. |
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1924 - Estação Ferroviária de Barra Mansa - Wanderlino Teixeira Leite e familiares, no dia de sua posse.
Da esq. p/ dir. O segundo é Homero Leite, Dona Áurea, (a mais baixa), com o filho José Marinho, ao lado de Wanderlino. |
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1916 - O jovem casal Dona Áurea Marinho e Wanderlino Teixeira Leite - Acervo: Dona Helena Fabiano Teixeira Leite |
Wanderlino Teixeira Leite (Freguesia de Quatis - Barra Mansa, 6 de agosto de 1893
— Distrito de Quatis - Barra Mansa, 1º de março de 1977). Foi um político de renome nas terras de Barra Mansa, personalidade da
família mais antiga e tradicional da história deste burgo, os
Leite, com larga tradição na política, desde a época da emancipação de Barra Mansa.
Formado em odontologia, herdou de seu pai a fazenda
Santa Anna da Cachoeira.
Possuiu um Engenho de Aguardente em Quatis.
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Wanderlino, prefeito aos 30 anos - Jornal A Evolução |
Foi
vereador em Barra Mansa por dois mandatos na 26ª e na 27ª legislaturas: (1919 a 1922), (1922 - 1923);
Governo:
Conquistou 1080 votos e foi vitorioso no pleito de 18 de maio de 1924, foi o segundo
prefeito eleito da história de Barra Mansa, tomou posse em 12 de junho de 1924 e governou até 3 de maio de 1927; sucedeu ao prefeito-interventor Dr. Antônio Avelino de Andrade.
¹No mesmo ano de sua posse, 2 de julho, criou em caráter provisório a Guarda Municipal, que somente passou a ser definitiva em 1947 na gestão do Pref. Flávio Miranda Gonçalves.
Em 25 de março de 1925 - segundo sua neta Helena -, levou luz elétrica para Quatis - este foi um episódio marcante da história barramansense, realizaram-se grandes festejos.
Foi sucedido pelo prefeito eleito - Oscar Teixeira de Mendonça.
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Pintura da Galeria dos Prefeitos - Palácio Barão de Guapy |
Após a prefeitura:
Voltou a ser
vereador em Barra Mansa, nas 30ª legislatura: (1929 - 1930), e novamente na 31ª - (1936 - 1937) -, nessa legislatura foi
presidente da câmara.
Voltou pela quinta vez à Câmara Municipal, na 34ª legislatura: (1955 - 1959) - a primeira após a fatídica emancipação de Volta Redonda -, n'este seu último mandato de vereador, com 62 anos, foi presidente da câmara pela segunda vez, no ano de 1955.
Na 35ª legislatura, entre os anos de 1959 a 1963 - s
egundo Dona Helena Fabiano Teixeira Leite, sua neta -, ele assumiu para salvar o mandato do prefeito João Chiesse Filho que sofria processo de cassação, “e seu discurso que resolveu a situação, segundo relato no livro História e Histórias de Quatis”.
Foi candidato em 1962, nas eleições gerais, à vereador pelo PTB, para a 36ª legislatura, teve 262 votos, não foi eleito, e ficou na 3ª suplência do seu partido.
Na 37ª legislatura, entre os anos de 1967 a 1971, seu nome figura em um jornal de 1968, como vereador de Barra Mansa, ao qual possivelmente era suplente, e assumiu temporariamente.
Viveu 83 anos.
Cargos que ocupou:
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Vereador Wanderlino Teixeira Leite, na maturidade, a discursar no Palácio Barão de Guapy, antiga Câmara Municipal Acervo - Helena Teixeira Leite. |
Prefeito, vereador por sete legislaturas, (duas das quais, era suplente e assumiu o cargo temporariamente), presidente da câmara municipal por duas vezes, e vice-presidente por uma vez, todos em Barra Mansa, município da qual Quatis fazia parte.
Dr. Wanderlino também foi membro do
Conselho Municipal, órgão criado, logo após a vitória da Revolução de 1930, - a qual Getúlio Vargas tomou o poder no país, e dissolveu as câmaras municipais.
Família:
Wanderlino é filho de José Isidro Teixeira Leite e de Francisca Teixeira de Oliveira. Seu pais eram primos.
Seu pai também foi vereador em Barra Mansa. Por três legislaturas consecutivas: 20ª: (1901 - 1904), 21ª: (1904 - 1907) e 22ª: (1907 - até renunciar no final do mandato em julho 1909, por aceitado cargo incompátivel com o cargo).
A bisavó de Wanderlino, Dona Maria Jacintha de Almeida Leite é irmã de Joaquim Leite. O Trisavô de Wanderlino - José Leite Ribeiro é irmão do Barão de Ayuruoca.
Homero Leite, irmão de Wanderlino - por parte de pai -, foi deputado estadual, trouxe do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, as primeira mudas da Praça Matriz de Quatis.
É primo de
Oscar Teixeira de Mendonça, seu sucessor na prefeitura de Barra Mansa.
Heitor Leite Franco - é seu primo em 4º grau. Heitor foi vereador em Barra Mansa na 32ª Legislatura (1947 - 1951), e na fatídica 33ª (1951-1955), n'esta última votou a favor da emancipação de Volta Redonda. Ele foi também presidente da Câmara barramansense em 1950.
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Bodas de Ouro de Dr. Wanderlino e Dona Áurea. Reunião familiar - Acervo - Helena Teixeira Leite |
Dr. Wanderlino casou-se em 10/jun/1914 com a sua prima em 2º grau -
Áurea Marinho (natural de Brotas - SP, filha de João Alves Marinho e de Elvira Marinho), foram pais de: Arlette, José, Marina, Eunice, Zuleika, Homero, Áurea e Maria José.
Eunice e Zuleika, infelizmente faleceram muito novas.
Arlette Teixeira Leite - casou-se em 10 de dezembro de 1930 com
Victor Marcondes Sampaio - vereador em Barra Mansa por 3 legislaturas: 32ª: (1947 - 1951), 33ª: (1951 - 1955), e 35ª: (1959 - 1963); presidente da Câmara em 1951; em 1954 votou contra a emancipação de Volta Redonda. Em 1962, pela UDN, disputou com o sogro Wanderlino, às eleições para à 36ª legislatura, e também ficou na suplência.
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Wanderlino Teixeira Leite Netto e Marcell Castro em evento do GREBAL a 29/Jul/2016 no Ano Bom Palace Hotel |
José Marinho Teixeira Leite - casou-se com Marina Fabiano - pais do poeta e escritor
Wanderlino Teixeira Leite Netto (
site), residente em Niterói; e
Dona Helena Fabiano Teixeira Leite, casada com o historiador
Hyeróclio Virgílio de Carvalho Barros - que já foi candidato a prefeito de Barra Mansa nas eleições de 1982, e foi vencido por Luiz Amaral; e mais tarde em 1992 concorreu à alcaide da Quatis emancipada, e foi vencido por José Laerte d'Elias.
Conheci ao poeta Wanderlino Teixeira Leite Neto em dezembro de 2015, em um evento no Grêmio Barramansense de Letras; e a Dona Helena, em sua famosa
Livraria Prosa e Verso, no Centro de Quatis.
Também tenho amizade com seu trineto - Dr. Carlos Hely Sampaio, jovem advogado barramansense, bisneto de Dona Arlette.
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Ponte Wanderlino Teixeira Leite - construída no governo Féres Nader. |
Homenagens:
Tem seu nome a ponte sobre o Rio Paraíba do Sul que liga Floriano a Quatis - (decreto do Pref. Feres Nader de 17/Jan/1977), construída por esse mesmo prefeito -, e uma rua no bairro São Benedito, Quatis.
Fontes: Relatos de Wanderlino Teixeira Leite Netto, e sua irmã Dona Helena Fabiano Teixeira Leite.
Câmara Municipal de Quatis; BARROS, Hyeróclio Virgílio de Carvalho - História e Histórias de Quatis
¹
SALEM, Nikson: 250 Anos do Surgimento do Povoado de São Sebastião da Barra Mansa , Gráfica e Editora Irmãos Drumond Ltda - 2014.
http://www.projetocompartilhar.org/Familia/Icap10p5FranciscoTeixeiraPinto.htm
Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro - 1891 a 1940.
ANTÔNIO AVELINO DE ANDRADE
1923 - 1924
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Foto da revista "Vida Doméstica" de 1924. |
Dr. Antônio Avelino de Andrade foi
prefeito-interventor de Barra Mansa, e governou o município de 24 de setembro de 1923 a 12 de junho de 1924. Sucedeu ao prefeito-interventor João Alves Sobrinho, e foi sucedido pelo prefeito eleito Wanderlino Teixeira Leite.
JOÃO ALVES SOBRINHO
1923
João Alves Sobrinho foi prefeito-interventor de Barra Mansa, por um mês e um dia, seu mandato foi de 23 de agosto a 24 de setembro de 1923. Sucedeu ao prefeito eleito, Cel. Alfredo Dias de Oliveira, e foi sucedido pelo prefeito-interventor Antônio Avelino de Andrade.
Creio que também era parente do Dr. José Antônio Alves Sobrinho, que também foi prefeito-interventor de Barra Mansa, em 1931.
CORONEL ALFREDO DE OLIVEIRA
1922 - 1923
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Pintura da Galeria dos Prefeitos no Palácio Barão de Guapy |
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Acervo - Helena Teixeira Leite |
Alfredo Dias de Oliveira (Freguesia de São José de Itaipava, Petrópolis - 7 de Novembro de 1864
— Distrito de Quatis - Barra Mansa, 15 de Outubro de 1926) foi o sétimo prefeito, e o
primeiro eleito de Barra Mansa.
"Residiu 22 annos na localidade de V. Redonda e 20 no distrito de Quatis".
(Jornal A Gazetinha).
Antes de ser prefeito foi subdelegado, delegado, e
vereador em nosso município por quatro legislaturas: 21ª: (1904 - 1907), 23ª: (1910 - 1913), 24ª: (1913 - 1916) e 25ª: (1916 - 1919).
Em 5 de Janeiro de 1911 foi eleito vice-presidente da Câmara.
Em virtude da segunda Reforma Constitucional do Estado, (Lei nº 1670 de 15 de Novembro de 1920), ficou estabelecido que os prefeitos seriam eleitos, e os seus mandatos, assim como os dos vereadores seriam de 3 anos.
Eleição à Prefeito:
"[...] em 9 de junho de 1922, realizaram-se eleições estaduais e municipais, sendo essa a primeira vez que a população fluminense elegia seus prefeitos. O número total de alistados em Barra Mansa informado pela Gazetinha chega então a 2.646. [...]" (COUTO, 2016 pág. 127)
Venceu com 839 votos, contra 633 de Henrique de Almeida Leite Guimarães, ex-vereador de Barra Mansa.
À frente do poder executivo, governou de 2 de agosto de 1922 a 23 de agosto de 1923, "não chegou a concluir seu mandato, em consequência da intervenção decretada no Estado, pelo Governo Federal".
Foi também provedor da Santa Casa de Misericórdia de Barra Mansa de 1920 a 1925.
Sucedeu ao prefeito-nomeado Dr. Ascânio Dá Mesquita Pimentel, e foi sucedido pelo prefeito-interventor João Alves Sobrinho.
Viveu 61 anos.
Família:
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Jornal A Gazetinha de nº 376 de 22 de Outubro de 1926 - Acervo - Grebal. |
Filho legítimo de Antonio Dias de Oliveira e de Dona Julia Carolina Magalhães de Oliveira.
Casou-se com
Dona Francisca Nogueira de Oliveira - nascida em Volta Redonda em 14 de Agosto de 1886, filha do Sr. Antonio Silva Nogueira e de Dona Anna Rosa Mattos Nogueira.
Da união nasceram 12 filhos:
Enedina - casou-se com o Sr. Tancredo Mello;
Julia (
Jujú) - casou-se com o Sr. Homero Leite (que foi deputado estadual, e irmão de Wanderlino Teixeira Leite);
Maria da Glória (
Nenê) - casou-se com Dr. Alphen de Oliveira Ferreira;
Carmen - casou-se com o Sr. Raul Nobrega Soares;
Zilda - casou-se com o Sr. Salvador Barbosa Lima;
Raul - casou-se com Dona Euthalia de Oliveira;
Alfredo - casou-se com Dona Djanyra Ramos;
Estevam e
Floriano - solteiros à época do passamento de seu pai. Cel Alfredo e Dona Francisca também geraram aos filhos:
Antonio,
Aurélia e
Francisca - que infelizmente faleceram muito novinhos, antes de seu pai.
Alguns de seus filhos e netos residiam em Taubaté - SP, a época de seu passamento.
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Jornal Projeção - de Juarez Modesto.
Acervo - Grebal |
Seu genro Dr.
Alphen de Oliveira
Ferreira, residente em Quatis, foi o vereador com recorde de mandatos em nossa Câmara: 30ª (1929 - 1930), 32ª (1947 - 1951), 33ª (1951 - 1955), 34ª (1955 - 1959), 36ª (1963 - 1967), 37ª (1967 - 1971), 38ª (1971 - 1973)
e 39ª Leg. (1973 - 1976), quando foi caçado em Julho de 1976, junto a outros dois vereadores (Oswaldo Porto e Waldyr Balieiro) pela acusação de infidelidade partidária, em uma ação que terminou no TSE em Brasília.
Dr. Alphen presidiu o legislativo em 1954 e tomou medidas à favor do desmembramento do Distrito de Volta Redonda. Viveu por muitos anos, sendo registrado pelo Jornal Projeção, com 92 anos em 1984, e considerado o cirurgião-dentista mais idoso do Brasil. Faleceu em 1988 em Resende com a idade de 96 anos.
Cel. Alfredo é avô de
Alfredo José de Oliveira - segundo prefeito de Quatis emancipada -, que governou por dois mandatos: (1997-2000), (2005-2008). E depois foi secretário de Planejamento de Resende, no governo José Rechuan.
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Pref. Alfredo José de Oliveira
seu neto. |
É bisavô de Dona Maria José Oliveira Vincent McIntyre - casada com o Sr. Terry Vincent McIntyre. Sr. Terry foi presidente do Rotary Clube "Barra Mansa Alvorada" em 2011.
Homenagem:
Rua Alfredo de Oliveira em Saudade, e no Centro de Quatis.
Fonte: Câmara Municipal de Quatis, e livros: Memória Comemorativa do Primeiro Centenário; Athayde, J. B. de. Barra Mansa e seus Administradores.
Jornais: A Gazentinha, e Projeção.
(COUTO, André Luiz Faria, Do Império à República - a vida política no município de Barra Mansa, Rio de Janeiro, 2016).
ASCÂNIO DÁ MESQUITA PIMENTEL
1918 - 1922
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Acervo - Nikson Salen da ABH |
Dr. Ascânio Dá Mesquita Pimentel (Niterói, RJ, 16 de Novembro de 1893 — ?), foi o sexto prefeito de Barra Mansa.
Prefeito nomeado, governou o município de 24 de setembro de 1918 a 2 de agosto de 1922. Sucedeu ao prefeito nomeado Dr. Everardo Barreto de Andrade, e foi sucedido pelo prefeito eleito Coronel Alfredo Dias de Oliveira.
Foi advogado, professor e escritor.
Após ser prefeito de Barra Mansa, foi deputado estadual.
Viveu após isto em Petrópolis - RJ.
Família:
Casou-se com Dona Maria Tereza Magalhães Castro, e tiveram três filhos: Maria Lúcia, Maria Gilda e Francisco José.
Fontes: http://ofssagradopetropolis.blogspot.com.br/p/historia-da-fraternidade.html
http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/taqalerj2006.nsf/5d50d39bd976391b83256536006a2502/804328b44e51a92d83256dcd006a73c8?OpenDocument
EUGÊNIO CAMPAGNAC
1919 (Interino)
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Foto extraída do Livro - "Câmara Municipal de Barra Mansa, Fragmentos da História", do Autor - Nikson Salem |
Major Eugênio Campagnac, foi vereador em nossa Câmara Municipal, por quatro legislaturas: 23ª: (1910 - 1913), 24ª: (1913 - 1916), 25ª: (1916 - 1919) e 26ª: (1919 - 1922), durante toda a sua última legislatura foi presidente da câmara, e no dia 6 de Julho de 1919 assumiu a prefeitura interinamente, durante a gestão do prefeito nomeado Dr. Ascânio Dá Mesquita Pimentel.
A sua inclusão na relação de prefeitos, é devido ao historiador J. B. de Atahyde.
EVERARDO BARRETO DE ANDRADE
1917 - 1918
Dr. Everardo Barreto de Andrade, quinto prefeito de Barra Mansa, prefeito nomeado, governou o município de 26 de maio de 1917 a 24 de setembro de 1918. Sucedeu ao prefeito nomeado Dr. Aristides Sabóia de Alencar e foi sucedido pelo prefeito nomeado Dr. Ascânio Dá Mesquita Pimentel.
ARISTIDES SABÓIA DE ALENCAR
1916 - 1917
Dr. Aristides Sabóia de Alencar, quarto prefeito de Barra Mansa,
prefeito nomeado, governou o município de 5 de agosto de 1916 a 26 de maio de 1917. Sucedeu ao prefeito nomeado Gustavo Lyra da Silva - que mais tarde voltou como prefeito eleito. Prefeito Aristides foi sucedido pelo prefeito nomeado Dr. Everardo Barreto de Andrade.
EMYGDIO JOSÉ RIBEIRO
1915 - 1916
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Segundo o historiador barramansense Nikson Salen,no acervo da Academia Barramansense de História,
essa é a foto da posse do Prefeito Dr. Emygdio José Ribeiro, ao qual também aparecem os vereadores Dr. Luiz Campos
Ponce de Leon - Pres. da Câmara, e Cap. Eugêncio Campagnac, e Joaquim Peixoto Júnior - 1º Dono do Hotel Careca.
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Dr. Emygdio José Ribeiro, foi o segundo prefeito de Barra Mansa. Governou o Município de janeiro de 1915 até o inicio de 1916.
Carioca, formado pela renomada Escola Politécnica do Rio de Janeiro.
Prefeito nomeado, chegou a cidade de trem noturno em 13 de Janeiro de 1915, no dia seguinte, dirigiu-se com a sua comitiva ao paço municipal, e encontrou o edifício trancado.
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Detalhe da foto acima. |
"
O vice-presidente da câmara, coronel Jeremias Teixeira de Mendonça, e o porteiro da prefeitura, Sr Teófilo Cruz, não compareceram ao local para dar posse ao novo mandatário do município. Por ordem do Tenente José Santos a porta foi arrombada. No interior do prédio, tudo estava trancado, inclusive o cofre com os valores do município. Um auto foi lavrado e o Dr. Emygdio entrou no prédio, ovacionado pela multidão e ao som da Sociedade Musical Santa Cecília. Uma vez no Salão Nobre saudaram sua Sua Excelência o talentoso acadêmico Sebastião Moura, o acadêmico José Martins Lourenço e o vereador Manoel Francisco Pinto do Amaral. Após agradecer, o dr. Emydio foi empossado no cargo. No edifício da prefeitura, não foram encontrados os livros, os
arquivos e a chave do cofre, que, segundo comentários, foram levados pelo sr. Luiz Ponce." (Luiz Ponce de Leon era o presidente da Câmara) (Alan Carlos Rocha, em
Curiosidades da História de Barra Mansa).
Dr. Emydgio José Ribeiro sucedeu ao prefeito nomeado João Luiz Ferreira, e foi sucedido pelo prefeito nomeado Gustavo Lyra da Silva.
Não sei se trata-se do mesmo Dr. Emygdio José Ribeiro, que foi vereador em Barra Mansa, muito tempo antes na 8ª legislatura de 1857 a 1861, ou se é parente do mesmo.
Após a Prefeitura de Barra Mansa:
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Rua Emydgio Ribeiro - Jardim Boa Vita Google - Março de 2014 |
Também foi prefeito da vizinha Resende, de 19 de março a 10 de maio de 1916.
Faleceu em 15 de dezembro de 1928, em Nictheroy, capital do Rio de Janeiro àquela época.
Homenagem:
Rua Emigdio Ribeiro, pequeno logradouro no bairro Jardim Boa Vista. Não sei se a homenagem é ao prefeito Emygdio José Ribeiro, ou ao Vereador Emygdio José Ribeiro, ou se os dois são a mesma pessoa.
Fonte: Prefeitura de Resende-RJ.
JOÃO LUIZ FERREIRA
1914 - 1915
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Acervo - Nikson Salen da ABH |
O Engenheiro João Luiz Ferreira, foi o primeiro prefeito de Barra Mansa, prefeito nomeado, a sua gestão foi de 14 de abril de 1914 a 11 de janeiro de 1915.
Sucedeu à Luiz Ponce de Leon, na chefia do executivo barramansense.
No Salão Nobre do Paço Municipal "saudaram o novo prefeito, o Dr. Luiz Ponce, o Dr. Orosimbo Ribeiro, o Cel. José Caetano Alves de Oliveira e o Dr. Luiz Henrique Braune. Em seguida, o Prefeito agradeceu, prometendo governar com isenção e novos dias para Barra Mansa. Encerrada a sessão, o Dr. Luiz Ponce convidou os presentes a acompanhar o Sr. Prefeito até a sua residência no Hotel Careca, onde foi oferecido aos presentes, cerveja e outras bebidas.
O fotógrafo Cury tirou as fotografias". (Alan Carlos Rocha, em Curiosidades da História de Barra Mansa).
Segundo o vereador Ivan Marcelino de Campos, em seu livro que conta a história de Rialto, o Prefeito João Luiz, tomou posse naquele distrito.
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Rua Prefeito João Luiz - Bocaininha Google - Junho de 2015 |
Antes de sua posse, o poder executivo municipal era da gestão do presidente da Câmara, que era eleito entre os próprios vereadores (como na atualidade), porém no princípio era o vereador mais votado.
Foi sucedido pelo prefeito Emygdio José Ribeiro.
Homenagem:
A rua Prefeito João Luiz, no bairro Bocaininha, da acesso ao Viaduto Antônio Martins Aguiar, que liga esse bairro, ao bairro Saudade.
Notas:
O Hotel Careca funcionava em Barra Mansa, desde 1911, onde hoje é o Ed. Barra Mansa, na década de 1940, mudou-se para o casarão que foi o Banco Ribeiro Junqueira.
ANTES DO PRIMEIRO PREFEITO
1833 - 1914
Segundo o historiador J. B. de Athayde, na 23ª Legislatura, a Câmara Municipal:
"Depois de muita discussão, decidiu abrir mão de sua autonomia administrativa para conseguir a realização, por conta do Estado, de diversas obras públicas no município, inclusive de saneamento, água e esgotos, na cidade; e neste sentido dirigiu representações ao Governo do Estado e à Assembléia Legislativa Fluminense, em 17 de outubro de 1912, pedindo nomeação de um prefeito para o município de Barra Mansa, de conformidade com o Art.31, nº 11,letra A, da Reforma Constitucional de 18 de setembro de 1903.
O Governo do Estado, atendendo às pretensões da Câmara Municipal, criou a Prefeitura, e logo em seguida nomeou o Engº João Luis Ferreira, para exercer o cargo de prefeito. Após sua posse, em 14 de abril de 1914, o presidente da Câmara perdeu a função executiva, que era de sua atribuição, passando a mesma, daí por diante, a ser exercida pelo prefeito, de nomeação do Presidente do Estado".
O presidente da Câmara era Luiz Carneiro de Campos Ponce de Leon, governou a cidade de 1913 até a vinda do Prefeito João Luiz Ferreira.
Antes de Luiz Ponce, foram presidentes da Câmara, chefes do poder executivo:
Cel. Jeremias Teixeira de Mendonça (1910 - 1913);
Dr. José Pinto Ribeiro (1907 - 1910);
Cel. José Caetano Alves de Oliveira (1898 - 1907) - Por três mandatos;
Dr. Adolfo Pereira de Burgos Ponce de Leon (1892 - 1898) - Por dois mandatos, pai de Luiz Ponce;
"Em 1897 - a Câmara realizou a maior parte de suas sessões em Quatis, pois havia uma epidemia de febre amarela no Distrito Sede."
Dr. Pedro Rodovalho Marcondes dos Reis (1887 - 1889);
Comendador Joaquim Leite Ribeiro de Almeida (1883 - 1887) e antes por outros dois mandatos (1869 - 1877);
Major José Bento Ferreira Leite Guimarães (1881 - 1883);
Custódio Ferreira Leite Guimarães (1877 - 1881);
Dr. José Gomes Varella Lessa (1865 - 1869);
Comendador Joaquim José Ferraz de Oliveira - Barão de Guapy (1861 - 1865);
Comendador Lucas Antônio Monteiro de Barros (1857 - 1861);
Bernardo José Vieira Ferraz (1849 - 1857) - Por dois mandatos;
João José Cardoso (1849);
Tenente Manoel Carlos de Barros (1845 - 1849);
Padre José Britualdo de Melo (1841 - 1845);
Pedro José dos Reis Pereira e Castro (1837 - 1841);
Domiciano de Oliveira Arruda (1833 - 1837) - 1º Presidente da Câmara de Barra Mansa.
Esta não é uma obra definitiva sobre o tema, colabore com a história de Barra Mansa, envie um e-mail para marcellcastro@msn.com. Quem quiser usar as informações desta página favor escrever no rodapé - "MARCELL CASTRO - marcellcastro.com"
Bibliografia:
Pessoas entrevistadas:
Ex-prefeitos, familiares; radialista: Uiara Araújo da Rádio Siga, historiador Professor André Couto do UBM, Juarez de Magalhães - secretário municipal de habitação.
Livros, documentos e jornais:
Muitas fotográfias antigas são do acervo da Academia Barramansense de História.
Fontes Bibliográficas:
ALMEIDA, Antonio Figueira de, Memória Comemorativa do Primeiro Centenário, Câmara Municipal de Barra Mansa, Rio de Janeiro, 1932. (Reeditado por Alan Carlos Rocha em 5 edições na década de 1990).
ATHAYDE, J. B. de, Barra Mansa e seus Administradores. Gráfica Laemmert, Rio de Janeiro.
BARROS, Hyeróclio Virgílio de Carvalho - História e Histórias de Quatis.
COSTA, Alkindar Cândido da, Volta Redonda Ontem e Hoje.
SALEM, Nikson: 250 Anos do Surgimento do Povoado de São Sebastião da Barra Mansa , Gráfica e Editora Irmãos Drumond Ltda - 2014.
CAMPOS, Ivan Marcelino de, O Distrito de Rialto, Gráfica e Editora Madiero's, Volta Redonda - 1994.
Livro - Patronos das Escolas Municipais de Barra Mansa.
Jornais Memória Barramansense de Academia Barramansense de História
Revistas Informativas de várias gestões da Prefeitura de Barra Mansa.
Jornais: Diário do Vale, A Voz da Cidade, Aqui.
Livro dos 75 Anos da Saint Gobain - "Saint Gobain Canalização, O Caminho Seguro das Águas"